Neste livro conta-se a história das 34 associações do concelho de Cascais com mais de 75 anos de atividade.
A
mais antiga associação em funcionamento – a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Cascais – remonta a 1886, quando a vila já se
transformara no refúgio preferido da Família Real, da Corte e dos seus
seguidores, pois, para além da praia, os vilegiaturistas careciam de
novos espaços de sociabilização, como passeios públicos, jardins,
coretos, casinos, teatros e campos adaptados aos desportos que se
começavam a praticar, como o ténis ou o futebol.
Desta forma, os
cascalenses participaram ativamente na difusão do associativismo,
criando locais próprios para convívio e recreação, ao mesmo tempo que
promoveram laços de solidariedade capazes de sanar problemas da
comunidade, num período também marcado pelo desenvolvimento da
consciência cívica e de classe, bem como pela aposta na instrução.
As
associações humanitárias e de cultura, recreio, desporto e ensino, que
facilitaram a integração social, também promoveriam um sentimento
identitário, em prol do espírito dos locais onde se fixaram, enraizando e
dando representação às comunidades que os geriam, num processo de
autorregeneração quase sempre bem-sucedido, como o atesta a antiguidade
de muitas das associações que compõem a polifacetada realidade do
concelho neste domínio.
Este livro convida, assim, os leitores a
conhecerem histórias e peças únicas, muitas das quais inéditas, que
traduzem a riqueza da nossa memória coletiva.
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