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06/05/2024

A CAÇA E A PROTECÇÃO DA FAUNA EM ANGOLA

 
Autor. S. Newton da Silva

1ª Edição

Lisboa. Ano de 1958                                                    



 
Livro, que apesar da idade, está como novo no seu miolo.    Exceptuando, a capa de protecção, cujo estado denota a marca do tempo.






O moçamedense António A. M. Cristão, publicou no seu livro «Memórias de Angra do Negro -Namibe- Angola», uma crónica assinada por Silvestre Newton da Silva que representa uma sentida alusão aos vândalos e caçadores furtivos que já nessa altura (1958) vinham dizimando a fauna do Deserto do Namibe, em busca de troféus que, segundo autor, para nada mais serviam que a serem exibidos a ingénuos pacóvios...


Silvestre Newton da Silva foi um jornalista profissional que a determinada altura abandonou o jornalismo para se tornar Gerente do Banco de Angola em Moçâmedes, e posteriormente
abandonou o Banco de Angola para, juntamente com Raúl Radich Júnior, criar a empresa Cicorel que se dedicava ao comércio, à construção civil e à industria extractiva de mármores e granitos. Foi graças a esta empresa que os mármores e granitos de Moçâmedes se tornaram conhecidos além fronteiras, e que vendidos em bruto, chegaram a ser em seguida transaccionados, dada a sua qualidade, como se de mármores de Carrara se tratasse. *

* Do blog. Moçamedes Registos e Factos

 
... Minha pobre Angola, como eu te lamento!

Quando todos te incensam e exaltam, te rendem homenagens e te levantam aos píncaros da lua; quando todos festejam ruidosamente a tua riqueza, o teu progresso, as realidades do teu presente e as promessas do teu futuro; quando todos enaltecem e põem em relevo o surto da tua economia, as realizações do teu fomento, a segurança das tuas finanças; quando todos apontam ao mundo, atento e interessado, a multiplicação das tuas obras portuárias e os teus aproveitamentos hidroeléctricos, a expansão das tuas vias férreas e a renovação da tua rede rodoviária; quando todos e extasiam perante o nível montante das tuas exportações, e falam respeitosamente do café e dos ouros frutos da tua agricultura, dos diamantes, do manganês, e de outros tesouros escondidos no teu seio, das farinhas de peixe e da generosidade do teu mar; quando todos calculam, conjecturam e fantasiam o que virá a suceder depois que das entranhas do teu solo comece a jorrar em caudais esse sangue milagroso da terra, que é o petróleo; quando todos- e com quanta razão, com que justificado optimismo – te auguram um destino de esplendor, eu, minha querida Angola, sinto-me triste. Sinto-me triste, por ti e por mim. (... )*

* Pequeno extracto da Introdução

INDISPONÍVEL