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30/03/2024

PINHAIS E EUCALIPTAIS. A floresta cultivada



Autores. Vários

1º Edição: 2007



Os pinheiros e eucaliptos que hoje facilmente descobrimos num passeio pelo campo pouco ou nada têm a ver com a floresta natural portuguesa.

 No entanto, constituem mais de metade da floresta do país, porque esta é, na sua maioria, cultivada.
 Por isso, o quarto volume da colecção Árvores e Florestas de Portugal é dedicado às duas principais espécies a que se recorreu num esforço de arborização das zonas costeiras e serras: o pinheiro-bravo e o eucalipto.

Esta mobilização em torno da florestação remonta ao século XIX e envolveu não apenas o Estado, mas também particulares.

 Inicialmente foi feita sobretudo com recurso ao pinheiro-bravo, que passou a abranger áreas distintas dos seus locais de ocorrência natural (como as serras no interior de Portugal).
 Prolongando-se durante o século XX, esta tendência de arborização deu origem à "maior mancha contínua de pinhal da Europa".

Contudo, nos últimos 30 anos, os pinheiros-bravos foram vítimas dos incêndios, desaparecendo progressivamente.

Em Pinhais e eucaliptais - A floresta cultivada, caracteriza-se o pinheiro-bravo do ponto de vista biológico (enquanto espécie arbórea) e ecológico (relações com o meio e outros seres vivos).

 Além disso, é abordada a importância económica e social da espécie, a expansão e regressão da sua área ocupada (que chegou a atingir 1,3 milhões de hectares), e ainda aspectos relacionados com a instalação, condução e exploração dos povoamentos de pinheiro-bravo.

Mais recentemente, verificou-se a expansão de eucaliptos, bastante rápida.

 Com efeito, nos últimos 30 anos, a área de eucaliptal quase quadruplicou em Portugal.
Um dos motivos relaciona-se com o facto de, na sequência de incêndios, esta espécie exótica passar a ocupar locais anteriormente abrangidos pelo pinheiro-bravo.

De qualquer forma, para compreender a evolução dos eucaliptais no país é preciso antes de mais "perceber as circunstâncias que levaram a que se tenha chegado à situação actual", explica o coordenador editorial de Árvores e Flores de Portugal, Joaquim Sande Silva.
 Por isso, o volume observa as questões históricas associadas à introdução e expansão do eucalipto em Portugal. De seguida, analisa as razões para o elevado crescimento e produtividade da espécie e debate perspectivas pró e contra o cultivo do eucalipto.

Por fim, Pinhais e eucaliptais - A floresta cultivada evoca ainda outras espécies de pinheiros. É o caso de um "parente próximo" do pinheiro-bravo, o pinheiro-manso, que também sido alvo de expansão recente.
 Esta é uma espécie atractiva em termos económicos e ecológicos, pelo que as tentativas de arborização do pinheiro-manso têm sido promovidas por programas de apoio à floresta.

Paralelamente, são evocados outros géneros de Pinus, nomeadamente espécies que contribuem para a elevada área de resinosas na floresta portuguesa.*


* Jornal Público

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