Autora. Lídia Jorge.
Edição. Abril de 1999
A acção de O Vale da Paixão reporta a acontecimentos anteriores invocados pela voz de uma narradora que nunca a si mesma se nomeia.
É ela quem durante uma noite, depois de ter recebido uma manta de soldado, relíquia de Walter Dias, seu pai, clama pela sua figura, reconstitui a sua vida de trotamundos, reabilitando a sua imagem de banido em herói e transformando-a, através de um discurso poético dramatizado.
Custódio Dias, o tio coxo que lhe serviu de pai, Francisco Dias, o avô, ou a mãe, Maria Ema, entre outras personagens, compõem um romance de família construído através de cem longos parágrafos, correspondendo cada um deles a uma evocação especial.
A figura de Walter Dias tem sido apontada como uma personagem fortemente representativa da diáspora portuguesa e europeia do século XX.
O Vale da Paixão obteve o Prémio D.Dinis da Fundação da Casa de Mateus, o Prémio PEN Clube Português de Ficção, o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Bordallo de Literatura da Casa da Imprensa e o Prix Jean Monnet de Littérature Européenne.