Autores. António José Saraiva, Óscar Lopes
2ª edição, corrigida
Há quem ponha em causa a validade da história da literatura ou, o que
tanto faz, a reduza a uma arrumação quanto possível cronológica de
estilos, autores e obras, a uma iniciação em certos dados, necessários
ao entendimento das obras, mas que nada teriam a ver com o seu valor
intrínseco.
O objeto básico do nosso estudo é constituído pelas obras literariamente
mais qualificadas de língua e autoria originariamente portuguesas,
segundo uma perspetiva de desenvolvimento geral das estruturas formais e
da matéria humana socialmente comunicável que lhes corresponde.
Para designar as fases de estruturação e desagregação de uma escola ou
estilo épocal, que evidentemente só poderá ter-se consumado de um modo
permanentemente válido em obras individualizadas, usaremos por vezes, e
como é costume, um nome evocativo do seu contexto histórico geral: Fim da Idade Média, Época Contemporânea, por exemplo.
No entanto, o critério de periodização é intrinsecamente literário, pelo
que tentaremos, quanto possível, distinguir as afinidades
características de cada geração ou conjunto de autores que tal critério
permita, de algum modo, isolar. A atenção predominante que entendemos
dar às obras ou autores capitais atenuou muito neste livro a preocupação
(tradicional nos manuais de história da nossa literatura) de indicar os
limites cronológicos de cada época ou escola, o que sublinhava os
momentos de incipiência e de decadência de cada estilo, em vez de
sobretudo o ver em sua maturidade.
"... uma obra seguramente das mais influentes da nossa cultura,
que se calcula tenha sido já lida ou consultada por milhões de
estudiosos e estudantes em Portugal e em todo o «universo da lusofonia»,
cujo cinquentenário da publicação se assinala no próximo ano."
"...
sem dúvida a mais importante e completa que existe (...) publicada pela
primeira vez, em 1955, e que já vai na 17ª edição, sempre com a chancela
da Porto Editora."*
* in Jornal de Letras
INDISPONÍVEL