Autor. José Riço Direitinho.
Edição: Setembro de 1997
«José Riço Direitinho representa um dos mais significativos exemplos de
uma corrente renovadora que abriu caminho nas letras portuguesas.»
El País
«Um estilo poderoso e original, num romance perfeito.»
Neue Zürcher Zeitung
«Ler estas páginas, impregnadas de magia, sobrenatural e
fantástico, significa sobretudo nunca perder contacto com a
profunda inquietação de toda a condição humana.»
O Independente
«Depois de se ter deitado com um homem, lavava-se sempre numa infusão de
folhas de arruda, apanhadas ao luar, e bebia tisanas com sementes de
funcho e de sargacinha-dos-montes, para que as regras não lhe
faltassem.»
Assim começa este romance que narra a vida e a morte (aos 33 anos, como
Jesus) de José de Risso, um homem de virtude que nasceu marcado nas
costas com um sinal em forma de folha de carvalho. Pelo meio há o enorme
lobo de Espadañedo, um lobisomem que descia da serra quando a Lua lhe
estava de feição; há receitas de chás e de tisanas que curam do
mau-olhado, da má-sina com as mulheres, dos amores infelizes, das
galhaduras, dos maus pensamentos; há chás e tisanas que fazem recobrar
os ímpetos aos homens; há também Purísima de la Concepción, a muito
bonita e alegre viúva galega, de quem se dizia (sem se ter a certeza)
que encomendara a morte do marido a um matador de touros andaluz a quem
as mulheres casadas chamavam, com disfarçado fervor e muita paixão
contida, Niño del Teso.