Autor. Daniel Defoe
Título original. The Fortunes and Misfortunes of the famous Moll Flanders
Tradução de. Fernanda Pinto Rodrigues
Tendo testemunhado na infância a Peste e o Grande Incêndio de Londres, acabou por se transformar num apaixonado por viagens depois de conhecer profundamente países como a França, Espanha e os Países Baixos. Com uma vida extremamente aventurosa, esteve encarcerado por dívidas e lutou durante um breve período de tempo na rebelião do duque de Monmouth. Poucos anos depois começou a escrever panfletos político-satíricos que, de novo, o iriam conduzir à prisão. Por intervenção de um ministro Tory, acabaria por ser libertado e durante onze anos viria a ser agente secreto e jornalista político dos Tories. Deliciou-se durante toda a vida na representação de diversos papéis e disfarces, utilizando-os com grande efeito como espião, e escreveu mais de quinhentos livros, panfletos e artigos jornalísticos abrangendo tópicos como a política, crime, religião, geografia, matrimónio, psicologia e sobrenatural. Morreu na cidade de Londres em 1731, segundo se diz de «uma letargia».
A vida escandalosa da mais famosa cortesã, ladra e aventureira de todos os tempos.
O que é uma vida, quando vista à distância? Duas datas, um nome e alguns adjectivos.
É assim com Moll Flanders: mulher dissoluta, ladra, incestuosa e, por
fim, penitente. A sua vida é feita de eternos recomeços que a
transformam num exemplo superior de humildade e de vontade férrea:
nascida na prisão, educada por caridade e seduzida aos dezasseis anos,
Moll Flanders conhece, ao longo da sua vida, três ligações irregulares e
cinco maridos, alternando sucessivamente entre a miséria e a fortuna...
Mais do que um romance de aventuras, o retrato de uma personalidade única e uma acerba crítica de costumes.