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09/05/2025

ACUSO - 1º e 2º volumes.

 

Autor. Henrique Cerqueira

 Dois volumes.

1º Volume - 20 de Outubro de 1976

2º Volume - 4 de Março de 1977


No dia 13 de fevereiro de 1965, Humberto Delgado foi assassinado por uma brigada da PIDE. Mais de uma década depois, Henrique Cerqueira tornava público neste livro, “Acuso!”, associando figuras como Álvaro Cunhal e Mário Soares ao crime de Badajoz.  As alegações de Henrique Cerqueira imputam a participação “consciente e ativa” de figuras da oposição salazarista no assassinato de Humberto Delgado, segundo ele: “Do plano concertado para o aproveitamento do prestígio de Humberto Delgado participaram, consciente e ativamente, os militantes e o delegado do Partido Comunista Português, em Argel, e obviamente Álvaro Cunhal, sem cujas prévias instruções isso não teria sido possível”.

 



Acuso !Soares, Cunhal, Emídio Guerreiro, Lopes Cardoso na morte de Humberto Delgado

“Cumpre-me esclarecer que é minha intenção solicitar, oportunamente, das autoridades permissão e condições de segurança que me permitam fazer uma exposição pública de toda a documentação que, findas as investigações, deseja-
mos confiar à guarda dum museu.
Uma parte importante destes documentos (hoje, abusivamente, na posse dos dirigentes da Frente Patriótica) e a missão de acusar foram-me confiados pelo próprio Humberto Delgado antes da sua partida para Badajoz.
No cumprimento dessa missão, denuncio um conjunto de provas e circunstâncias que contribuíram para a sua eliminação. Acuso situações que pesaram para o seu trágico fim; como acuso os intervenientes responsáveis por essas situações. Acuso porque a tanto me obriguei; acuso porque a isso estou, moral e juridicamente, obrigado. Acuso por respeito à Pátria e ao Povo Português, que pretendi servir.
Acuso por mandato expresso da própria vítima, o General Humberto Delgado, leader do povo que o aclamou e lhe outorgou incontestável representatividade nacional. Acuso porque acusar me impõe a sua condição de Presidente-eleito da República Portuguesa.
Acuso porque ambições pessoais, razões demagógicas e princípios ideológicos não podiam sobrepor-se aos interesses autênticos do Povo Português.
Acuso um processo de traição que se projectou para além da morte e afecta, hoje, o amanhã de Portugal.
Acuso com as provas que tenho, porque obrigado estava a acusar mesmo que as não tivesse.” in Acuso!