Autores. Mariano Robles Romero-Robledo e José António Novais
Edição. Ano de 1975
Tive de Humberto Delgado algumas cartas do exílio, entregues por portadores, como se fora matéria explosiva; e segui momentos de esperança ou desespero até ele cair na emboscada de Villanueva del Fresno…
Foi um dos que ficou pelo caminho, com o seu sangue a argamassar a resistência portuguesa que haveria de explodir em triunfo só em 25 de Abril deste ano. Pode falar-se à vontade dele e dos que o mataram e estes responderão pelo crime. Na opinião pública já há muito foram condenados e execrados. E enquanto não comparecerem perante o tribunal os criminosos, livros como este de Mariano Robles e José António Novais narram os meandros de uma fase da luta de reconquista das liberdades durante o último meio século de vida carcerária. Bem triste sina a da nossa geração onde os crimes como o que vitimou Humberto Delgado foram correntes. São os marcos miliários desta penosa viasacra da nossa História contemporânea.” *
* « Dedicatória » assinada por Raúl Rego