Autora. Felícia Cabrita
1ª Edição. 2008
Sinopse
Em
1991, Felícia Cabrita foi pela primeira vez a África. Aterrou em Angola
e estava longe de imaginar que grande parte da sua carreira como
jornalista iria ser dedicada a desbravar o manto de silêncio que
escondia os massacres cometidos nas antigas colónias portuguesas durante
o Estado Novo. O seu relato inicia-se na década de 50, com uma página
negra da nossa história: os massacres de Batepá, em São Tomé, onde a
realidade ultrapassou em muito a ficção. A jornalista segue o rumo da
história para relatar os massacres da UPA, em 1961, sobre os colonos
portugueses; passa pela luta na Guiné; descobre os sobreviventes do
massacre de Wiriyamu, que rouba a vida a centenas de moçambicanos. Com a
saída dos portugueses, a guerra civil continua a fazer as suas vítimas,
Sita Valles é uma delas. Eduardo, de catorze anos, outra, morrendo em
2001, no mato, às mãos dos guerrilheiros da UNITA que se sente cada vez
mais encurralada. Porque não há guerras santas, a jornalista traz-nos o
lado mais sombrio dos homens. «Tentei perceber as minhas personagens
individualmente e, uma vez lançadas no mundo, neste caso a guerra,
interpretar o seu desempenho no comportamento colectivo. A história tem
ciclos, repete-se sem novidades e o homem, seja qual for o continente, é
sempre igual nos vários palcos onde o inferno assenta.»*
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