Autor. José Vilhena
1º Edição
(...) Mãe há só uma ... ( 1 )
Se um qualquer de nós ( o leitor ou eu ), por circunstâncias ou
motivos difíceis de explicar, estivesse no quarto do senhor António
freitas nessa manhã de Primavera no longínquo ano de mil novecentos e
trinta, certamente teria ficado alarmado com as exclamações indignadas
que a Belmira dos Anjos, a sua legítima e invejada esposa, a certa
altura começou a proferir em altos brados... (...)
( 1 ) Mas, pais, havia dois.*
* Pequeno extrato do Capítulo I
Vilhena fixa de uma vez por todas o tipo português. Uma obra-prima do humor e crítica sociais.
No começo dos anos 70 do século XX, as obras de
Vilhena sofriam uma revolução que antecipava em alguns anos aquela que
mudaria o país. O autor concentra-se mais no texto e procura, cada vez
mais, fixar em papel os males da nação e das suas gentes.
Uma obra que assentou que nem uma luva a muito
português e fez chorar de rir outros tantos e no entanto constitui-se
como um fidelíssimo retrato desta pátria que avança por aí aos
trambolhões.
INDISPONÍVEL