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16/03/2024

AVES DE PORTUGAL D. Carlos de Bragança

 

 


                      POR
D. CARLOS DE BRAGANÇA

  CATALOGO ILLUSTRADO
                     DAS
     AVES DE PORTUGAL

 ( SEDENTARIAS, DE ARRIBAÇÃO E  ACCIDENTAES )

                     POR
D. CARLOS DE BRAGANÇA 


A presente edição é  fac-simile datada de 1983

 

(Sedentárias, de arribação e accidentaes). Por D. Carlos de Bragança. Faciculo I: Estampas I a 20 (Texto em portuguez e francez). Lisboa. Imprensa Nacional. 1903. [Seguido de]: CATALOGO ILLUSTRADO DAS AVES DE PORTUGAL. (Sedentárias, de arribação e accidentaes). Por D. Carlos de Bragança. Faciculo II: Estampas 21 a 40 (Texto em portuguez e francez). Lisboa. Imprensa Nacional. 1907


In fólio de 32x25 cm. Obra em 2 volumes em um publicados, respectivamente, em 1903 e 1907.


Cada um dos fascículos ilustra 20 espécies de aves. Estampas pintadas por Enrique Casanova sob orientação do rei D. Carlos e, nalguns casos, por si aguareladas.

Cada estampa/espécie apresenta o nome científico e o nome em cinco idiomas diferentes, seguido do seu estatuto migratório e a abundância, fazendo-se também uma referência ao local de captura das aves ilustradas em cada estampa e, por vezes, a outros locais onde o Rei terá observado ou capturado aves dessa espécie.
 D. Carlos cedo começou a organizar uma colecção de pássaros por si abatidos e destinados a formar um "Museu Ornitológico". Aos 24 anos o Rei começou a escrever a Ornitologia de Portugal, que foi corrigindo constantemente com grande rigor científico.
 Em 1893, com 30 anos de idade, decide publicá-la com o título Catálogo Ilustrado das Aves de Portugal, entregando a Albert Girard a área científica, ficando Enrique Casanova, seu professor de desenho, responsável pelas estampas.
 No entanto D. Carlos esteve presente em tudo, com o seu saber e a sua arte. A obra destinou-se a ser publicada pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda em fascículos ilustrados com 20 estampas cada. O 1.º fascículo saiu em 1903 e o 2.º em 1907.
Dom Carlos I, rei de Portugal, nasceu em 1863. Ao longo da sua juventude viajou por várias cortes europeias. Numa dessas viagens conheceu Amélia de Orleans princesa de França e filha primogénita do Conde de Paris. Depois de um breve noivado desposou-a em Lisboa, em Maio de 1886.


 O reinado de D. Carlos foi caracterizado por diversas crises políticas. O rei era dotado de uma grande sensibilidade artística que o levou a dedicar a maior parte do seu tempo a um conjunto diferenciado de actividades, destacando-se a pintura, a ornitologia (estudo das aves) e a oceanografia. 
D. Carlos foi um apaixonado por fotografia, sendo o autor de uma grande parte do espólio da família real. O rei foi um pintor de talento, com grande capacidade expressiva e uma técnica apurada, demonstrando uma profunda sensibilidade na temática marinha. Assinava por vezes as suas obras com o nome "Carlos Fernando”. Recebeu prémios internacionais de instituições, como a Sociedade Zoológica de Londres, Sociedade Oceanográfica do Golfo de Biscaia, ou o Museu História Natural, entre outros.
Em 1985 foi publicado um fac-simile da obra e foi adicionado um terceiro volume ou suplemento, que contém mais 53 estampas de desenhos, até então inéditos, também de passeriformes, no entanto sem qualquer texto.
Enrique Casanovafoi foi um pintor espanhol (Saragoça, 1850 - Madrid, 1913) que veio para Portugal em 1880, tornando-se professor de pintura do príncipe D. Carlos e do infante D. Afonso em meados de Maio de 1881, tarefa que se prolongaria até Setembro de 1884. Outros membros da família real foram também alunos de desenho e de pintura de Casanova, cujos ensinamentos influenciaram as obras artísticas de D. Maria Pia, D. Luís e D. Amélia.
 Casanova fez parte do círculo restrito da Corte, acompanhando-a nas suas viagens e estadias. Enrique Casanova foi um artísta polivalente na sua produção cerâmica, escultórica, pictórica e gráfica. A aguarela foi a técnica mais utilizada na pintura. A sua mestria, a técnica e o realismo das suas aguarelas possibilitou que, um século mais tarde, o Palácio Nacional da Ajuda as tomasse como fonte para a reconstituição das suas salas. No âmbito da ilustração colaborou também com a rainha D. Amélia e com o arquitecto Raul Lino nas ilustrações para o livro O Paço de Sintra (1903).















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