Autor. Fernando Schwalbach
ISBN 9789896710781
Editor: Tinta da China
Idioma: Português
Dimensões: 114 x 169 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 144
N’O Vício em Lisboa (Antigo e Moderno), publicado
pela primeira vez em 1912, o autor
descreve com um alegado hiper-realismo
experiente a vida das prostitutas lisboetas e
seus clientes. Da degeneração das criaditas
subjugadas ao vício do amor às costureirinhas
ambiciosas, das hospedarias imundas
aos bordéis e casas chics, aqui se tecem as
considerações morais sobre uma cidade de
onde há até testemunho de cinema pornográfico
com sexo ao vivo no mesmo ano de 1912.
Inclui Regulamento Policial das Meretrizes e
Casas Toleradas da Cidade de Lisboa, emitido
pelo Governo Civil de Lisboa em 1865.
Índice
I — A abrir
II — Hospedarias para pernoitar
III — Os bordéis
IV — Casas chics
V — Vício e jogo
VI — As patroas
VII — Do bordel à alta e da alta à vala
VIII — A fechar
Aos novos de ambos os sexos, que me lerem, poderão alguns dos capítulos que aí ficam servir de guarda a quedas que mais tarde deplorariam, mas já sem remédio; aos velhos, servir-lhes-ão para recordar... tempos que já não voltam!
O vício afinal é todo igual, começa como acaba, quer seja no clássico bordel ou na alcova forrada a peludos tapetes, onde as pulgas, aos milhares, se aninham viciosas, a exemplo das suas donas... ou alugadoras. […]
Há duas classes de proxenetas: a conhecida publicamente, de porta aberta a toda a hora, e que vive apenas da exploração de mulheres certas, que vivem sob o mesmo tecto e a que dão o nome pomposo de pupilas; e há a proxeneta particular, aquela que tem campainha ou a porta encostada. Estas são as piores. É aí que muita mulher honesta se perde; é devido a essas casas que muito marido que se julga feliz dá, à sua passagem e sem o saber, razão a comentários mais ou menos picantes.»
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