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31/01/2024

LIVRO DO MONTE . GEORGICAS - LYRICAS ( Ano de 1896 )

LIVRO DO MONTE

Georgicas - Lyricas

Autor: Bulhão Pato

Edição: Typografia da Academia

Lisboa

1ª edição. Ano de 1896

Livro do Escritor português Bulhão Pato , nascido na cidade de Bilbau, Espanha. De ascendência fidalga, cultivando interesses vários, como a gastronomia e as viagens, representou, de certo modo, um exemplo de vivência social da época. Conviveu, em Portugal, com os grandes escritores do seu tempo, aderindo às correntes ultra-românticas, a que aliou um certo folclorismo. A sua poesia reflecte um interesse sensual pela vida, revelando a capacidade de descrição de cenas e tipos populares numa linguagem viva e coloquial. O poema Paquita (cuja publicação foi iniciada em 1856) contém uma intriga romanesca que, aliada à naturalidade e ao pitoresco, prenunciam já um certo realismo; já os seus volumes de poesia satírica (Cantos e Sátiras, 1873; Hoje — Sátiras, Canções e Idílios, 1888) reflectem uma preocupação social. Deixou livros de memórias que ainda hoje conservam interesse, nomeadamente pelo conhecimento que proporcionam de figuras da cultura da época (como Garrett ou Herculano). Caricaturado por Eça de Queirós em Os Maias, reagiu violentamente em sátiras como «O Grande Maia» (incluído em Hoje, 1888) e Lázaro Cônsul (1889). Representante da sua época cultural e social, escreveu, para além das obras já referidas, os livros de poesia Poesias (1850), Versos (1862), Canções da Tarde (1866), Flores Agrestes (1870), Paisagens (1871) e O Livro do Monte — Geórgicas, Líricas (1896) e livros de memórias e biografias, como Sob os Ciprestes — Vida Íntima de Homens Ilustres (1877), Memórias I — Cenas de Infância e Homens de Letras (1894), Memórias II — Homens Políticos (1894) e Memórias III — Quadradinhos de Outras Épocas (1907).

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Foto: Blog. Lisboa



Com a sardinha, empilhada,
Inda saltando vivaz
Vem de cestinha avergada;
E lá em baixo, da praia,
E sobe a pino o almaraz;
Mas nem por sombra cansada


Faz vista de nova a saia,
Corada ao Sol e puxada!
Descalça o pé regular
E branido pela areia
D’essas arribas do mar. 
                     
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Foto: Blog Lisboa

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Foto: Blog. Lisboa