Edição Círculo de Leitores
Lisboa 1997
Livro com 354 páginas
Da autoria de um dos mais notáveis historiadores modernos, que tem a capacidade para dotar as suas obras de uma grande investigação em vários países em que os seus biografados estiveram pessoalmente ou em termos profissionais.
Destaque nesta obra, sobre um dos mais notáveis empresários portugueses para o seu relacionamento com os lideres do estado novo, nomeadamente o Presidente da República Américo Tomas e o primeiro ministro Dr. António Oliveira Salazar. E com os lideres da revolução de 25 de Abril de 1974.
Nota importante para as suas relações nas ex-colónias de Angola e Moçambique, com realce para esta última.
A não perder sobre estas temáticas.
Sobre o livro:
“O fascinante e complexo percurso do
maior industrial de tod a história portuguesa, que este ano completa
sessenta anos de vida empresarial. Uma biografia onde se cruzam a
história individual de António Champalimaud - os seus sonhos, a sua vida
familiar, o seu casamento e o seu divórcio, a morte de dois filhos - e a
evolução económica e social do país nas últimas seis décadas.
António
Champalimaud, um nome mítico no imaginário português, idolatrado por
uns e odiado por outros, começou a trabalhar aos dezanove anos, após a
morte do pai. Em 1961, afirmava-se já como rei do cimento, fundador da
Siderurgia Nacional e rei do aço. E, quando chegou o 25 de Abril, era um
dos sete homens mais ricos da Europa.
Depois
da nacionalizações do 11 de Março partiu para o Brasil, onde iniciou a
reconstrução do seu império, e regressou em 1992 a Portugal, para erguer
mudos maiores grupos bancários e ser de novo considerado o homem mais
rico do país. Num longo testemunho oral a José Freire Antunes mantido
durante centenas de hora, ao longo de dois anos, António Champalimaud
acerta contas com o seu passado de sucesso empresarial, pontuado por
momentos de sofrimento pessoal. A trajectória única de uma das figuras mais controversas do século XX português.“
Do ÍNDICE:
PREÂMBULO
1 - RUDEZA E REBELDIA (1918-1937)
- De Limoges e de Brunswich
- Miúdo ‘engenhocas’
- La Guardia: pesadelo
- Uma reavaliação do pai
2 - O DESAFIO DE ÁFRICA (1937-1941)
- Sobre o caos: Estado Novo
- Sobre o vácuo: ‘ocupação efectiva’
- Exportar vinho do Porto
3 - VOCAÇÃO INDUSTRIAL (1941-1945)
- Modelo e guião: Ford e fordismo
- Henrique Sommer: pioneiro
- Ferro: processo Basset
4 - EMPÓRIO DO CIMENTO (1944-1953)
- Caça aos elefantes e Matola
- Eixo Luso-Africano
- Locomotivas: América e Alemanha
- Condicionamento: ira de Salazar
- Entre a Maceira e o Lobito
5 - DE MINAS A PITTSBURGH (1953-1957)
- Repulsa e contágio: Plano Marshall
- Bandung e as ‘províncias’
- Refinaria em Lourenço Marques
6 - BATAHA PELA SIDERURGIA (1952-1957)
- Localização: vitória sulista
- Família: negócios e dores
7 - FINANÇAS:SOTTO MAYOR (1958-1960)
- Ataque e contra-ataque
- Cadeira de Manuel Henriques
- Sentido do risco e ‘oligopólio’
8 - O HOMEM DO AÇO (1961)
- De Portugal para o mundo
- Seixal: cidade prodigiosa
9 - ÁFRICA VERSUS EUROPA (1961-1962)
- Política e resistência
- Integração: ‘Europa das Pátrias’
- Contencioso dos preços
10 - FICAR CRIANDO: NACALA (1962-1965)
- Baía de Fernão Veloso
- Aço: divisa e dividendos
- África Austral: transfiguração
- Búfalos em Marromeu
11 - AMPLIAR E DIVERSIFICAR (1966-1968)
- Metalomecânica e minérios
- ‘Milagre económico’ africano
- Salazar: eclipse e drama
12 - EXÍLIO NO MÉXICO E BPA (1969-1971)
- Cabora Bassa e alumínio
- O ‘chumbo’ de Sines
- Repressão: Decreto 1-71
13 - CIMENTOS E XAI-XAI (1972-1974)
- Caetano e o ‘cartel’
- Lenda do ‘rico mau’
- Regresso por Moçambique
- Fornecer papel a Spínola
14 - LÁGRIMAS EM NACALA (1974-1975)
- Soviete: ‘homens do aço’
- Assalto de Cunhal: PCP-MFA
- Três colunas sul africanas
- Nacionalizações: idos de Março
15 - FRAGMENTOS E PETARDOS (1976-1987)
- Brasil: nova ‘Califórnia’
- Contra o Estado ‘gatuno’
- Teoria dos ‘marcos inflexíveis’
- Hayek, aborto, Belém
- Liberalismo: onda Thatcher
16 - RETORNO E RECONSTRUÇÃO (1988-1997)
- Reparação pedida: 80 milhões
- Negociação do ‘pacote’
- Acordo com o Estado e recomeço
- Estratégia para o século XXI
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