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16/01/2024

25 DE ABRIL DE 1974. A REVOLUÇÃO DA PERFÍDIA

 

 

 


  Autor: António da Silva Cardoso. ( General )

  Editora. Prefácio

 
1ª Edição. Ano de 2008

 

«Em 25 de Abril ocorreu a revolução da perfídia. Toda ela estava viciada, chocou-se um ovo de monstro no nosso ventre, que quando a casca se partiu, rapidamente cresceu e nos quis devorar. Os portugueses resistiram e fizeram-lhe frente, mas dos seus tentáculos cortados escorreu um visco venenoso que ainda hoje se agarra a tudo e nos tolhe os movimentos. Fomos aldrabados por "heróis de pacotilha" que se encheram de honras e de dinheiros fáceis. O sonho rapidamente se transformou em pesadelo e aqueles que já acordaram rangem os dentes de impotência. Era bom voltar a sonhar com outros protagonistas: a verdade, a humanidade e a justiça. Mas dizem-nos dos bastidores que essa peça não está no repertório desta companhia de teatro. Só temos guarda-roupa para interpretar peças de vilões e de perfídia.
Teremos de continuar com a "revolução da perfídia", peça estreada há mais de trinta anos, de autor estrangeiro, sempre com protagonistas que se esquecem de olhar para o público, nem nisso estão interessados pois o público, embora remoendo impropérios, não tem outro espectáculo para ver.» *
* António Silva Cardoso.
 

 INDISPONÍVEL

 

 

António da Silva Cardoso
66.º Governador-geral de Angola
Período 28 de janeiro a 2 de agosto de 1975
Antecessor(a) António Alva Rosa Coutinho
Sucessor(a) Ernesto Ferreira de Macedo

António da Silva Cardoso CvAComAGOAGCA (Tomar, Santa Maria dos Olivais, Pedreira, 3 de Fevereiro de 1928 - Lisboa, 13 de Junho de 2014) foi um General português.

Biografia

Ingressou na Escola Naval em Setembro de 1947 como opção pela carreira das armas na Marinha. Ainda Segundo-Tenente, foi transferido para a Aviação Naval tendo, com a extinção desta, decidido integrar-se na Força Aérea Portuguesa.

Em 1961, com o deflagrar da insurreição nos territórios ultramarinos, foi nomeado para uma primeira comissão em Angola onde permaneceu mais três anos. Em seguida desempenhou as funções de Adido Militar na Alemanha Ocidental e, no seu regresso, após uma passagem pelo Estado-Maior da Força Aérea, voltou a Angola, onde se manteve até Setembro de 1973, regressando para frequentar o curso de Altos Comandos no IAEME.

A revolução do 25 de Abril levou-o novamente a Angola, onde fez parte da Junta Governativa chefiada pelo Almirante Rosa Coutinho, acumulando esse cargo com o Comando da 2.ª Região Aérea. Na sequência do Acordo do Alvor foi designado Alto Comissário para o período de transição e Governador Interino do Estado de Angola entre 28 de Janeiro de 1975 e 2 de Agosto do mesmo ano, tendo sido antecedido por António Alva Rosa Coutinho e sucedido por Ernesto Ferreira de Macedo.[1][2][3]. Posteriormente viria ainda a desempenhar funções de âmbito militar, destacando-se a de Comandante Chefe dos Açores, Director do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e, por último, Juiz Presidente do Supremo Tribunal Militar.

Reforma-se em 1991 e dá expressão à sua veia artística nos campos da escultura e pintura. Publica em 2000 o livro "Angola - Anatomia de uma Tragédia" e em 2008 "25 de Abril de 1974 - A Revolução da Perfídia".

A 7 de Novembro de 2016, na Academia da Força Aérea, deu-se a Cerimónia de Integração dos Novos Alunos e Compromisso do Código de Honra, presidida pelo Comandante da Academia, Major-General Manuel Fernando Rafael Martins, onde António da Silva Cardoso (representado pela sua família) foi declarado patrono do Curso de Mestrado em Aeronáutica Militar 2016/22, para que o seu exemplo de bem servir a Pátria e as Forças Armadas possa constituir um referencial, contribuindo para orientar e motivar as novas vocações. Seguindo as tradições de alunos da Academia da Força Aérea, o curso que o tomou por seu patrono veio a adotar o nome "HAPAXES".

Condecorações[4][5]

Era possuidor de inúmeros louvores e foi agraciado com cerca de duas dezenas de condecorações nacionais e estrangeiras, entre as quais se destacam a Cruz de Guerra de Primeira Classe e a da Promoção por Distinção, e: