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22/03/2025

COVARSI. EL LEGADO

 

Autor. Alberto Covarsí Guijarro


1ª edição. Março de 2025 

Editorial Canchales

 


Este livro está todo ele escrito com sensibilidade artística. Nesse particular contém fotografias e descrições que nos tornam familiares dos locais e das demais vivências de D. António Covarsi bisavô do autor.

Registo, com o maior agrado, a simpática dedicatória que me é dirigida, a qual oportunamente agradeci honrado.

Esta obra constitui complemento importante, sem a menor dúvida, aos cinco tomos que compõem as edições de A. Covarsi. 


2025. El Montero de Alpotreque fue un prolífico escritor que nos dejó escritos cinco libros. En este libro nos adentraremos en el interior de su casa y de su mítica armería, conociendo exhaustivamente sus armas, su biblioteca y sus colecciones personales. Volveremos a entrar en el monte con él, oliendo nuevamente a jara y pólvora, en muchas de sus expediciones de caza no contadas en sus libros. Conoceremos más a fondo los perros que formaban su rehala y la de alguno de sus compañeros, así como las fincas que cazó durante toda su vida en Extremadura y fuera de ella, y a sus compañeros de caza. Un trabajo bibliográfico e histórico de gran calidad.


GRANDES CACERIAS ESPAÑOLAS - D. Antonio Covarsi. ( Edição completa. 5 tomos )

 

 

 

Autor. Antonio Covarsí Vicentell

Biografía
 

Covarsí Vicentell, Antonio.

 

 El Montero de Alpotreque. Zaragoza, 

 

6.XII.1848 – Badajoz, 

 

6.XII.1937.  

 

Cazador y escritor de literatura venatoria.

 

Estes cinco exemplares estão protegidos por uma caixa arquivadora.

 

 

 

 

 

Los orígenes familiares de Covarsí se sitúan en Vinaroz (Castellón), en la cual sus antepasados ocuparon desde el siglo xviii diversos cargos públicos y relevante posición social.

 Pero, el compromiso político con el carlismo condicionó gravemente la vida de la familia Covarsí, que perdió en batalla a muchos de sus varones y fue obligada a dispersarse. 

Tanto el abuelo, Cosme Covarsí, como su padre, Fernando Covarsí, fueron destacados militares del ejército carlista, a cuya facción se sumaron en 1833 con motivo de la Primera Guerra Carlista.

 En el sitio de Morella fue hecho prisionero Fernando Covarsí en 1840, siendo trasladado a la cárcel de Zaragoza. 

En esta ciudad conoció a su esposa, Pilar Vicentell y de esta unión nació Antonio Covarsí Vicentell. 

La infancia y adolescencia de Antonio fueron muy ajetreadas, ya que las propiedades de los Covarsí en Vinaroz fueron requisadas por motivos políticos y su padre, en libertad vigilada, se vio obligado a trasladar a su familia de una ciudad a otra en busca de empleo estable.

 

 Durante su niñez, Antonio Covarsí vivió en Zaragoza, Cartagena, Madrid, Granada y Santoña, hasta que en 1866 su padre fue destinado a Badajoz como funcionario de prisiones.

 A partir de entonces, Antonio Covarsí Vicentell, estableció definitivamente su vida en Badajoz, considerándosele uno de los extremeños de adopción más ilustres, aún siendo aragonés de nacimiento.

 

Tras el derrocamiento de Isabel II en 1868, los Covarsí volvieron a vivir momentos de incertidumbre.

 

El patriarca, Fernando Covarsí, se reintegró al ejército carlista y marchó a escondidas a Navarra, acción que la policía que vigilaba en Badajoz a la familia, castigó con el apresamiento de Antonio Covarsí y su destierro a la ciudad portuguesa de Elvás, de donde pudo ser rescatado gracias a influyentes amistades extremeñas.

 

En Badajoz, Antonio Covarsí casó por primera vez con Adela Yustas, con la cual tuvo nueve hijos, de los cuales sólo sobrevivieron dos: Adelardo, que será famoso pintor, y Laurencia.

 Antonio Covarsí mantenía a su familia gracias a varios empleos y empresas, ya que era agente de aduanas en la estación de ferrocarril y jefe de una casa de negocios, además de regentar un comercio de instrumentos musicales y fundar, ya en 1874, la famosa Armería Covarsí, en la calle Calatrava, dedicada a la venta de utensilios de caza, que acabará convirtiéndose en legendario lugar de tertulia, reunión y organización de expediciones venatorias. 

 Precisamente su extraordinaria afición a la caza, desarrollada en sus múltiples facetas, fue la que convirtió a Antonio Covarsí en una de las personalidades que más contribuyeron a la edad de oro cinegética que Extremadura vivió durante la segunda mitad del siglo xix.

 Su padre le había iniciado en la caza menor durante la adolescencia, en la década de 1860, pero fue Faustino Naharro, gobernador civil de Badajoz y propietario de fincas, quien le introdujo, en 1875, en el mundo de la caza mayor, en cuyo entorno conoció a otros célebres cazadores y desarrolló una gran pasión por la montería y las ancestrales artes venatorias.

 De la mano de Pedro Castillo, afamado “capitán de montería”, su maestro en el campo y gran amigo, Covarsí se convirtió en el cazador por excelencia: amante de los animales y el campo, escrupuloso con sus “leyes naturales”, de personalidad fuerte y temperamental, valiente y temerario, gran estratega y excelente tirador.

 Su autoridad como “capitán de montería” y organizador de expediciones venatorias fue pronto reconocida por los cazadores de su época.



Uma montaria Real Com a participação de D .Carlos I, Rei de Portugal e D. Antonio Covarsi.

“Nos últimos dias de Fevereiro do ano de 1904 encontrava-me tranquilamente no meu gabinete quando fui agradavelmente surpreendido pela visita do Ex.mo Sr. Miguel Carlos Caldeira de Carvalho, fidalgo lusitano e monteiro do Rei D. Carlos de Portugal. O objectivo da sua presença ali era convidar-me, em nome de Sua Majestade, para uma caçada que deveria realizar-se na fronteira, num dos próximos dias, sendo expresso desejo d´El Rei que os meus conhecimentos daquele terreno contribuíssem para o melhor resultado da expedição. Considerando-me muito honrado com tal distinção, acedi gostosamente, e, para dar maior brilho à festa, solicitei o concurso dos cães do meu bom amigo e companheiro de caçadas António Pacheco. O dia 4 de Março foi o indicado para se começar a caçada, no dia anterior saí a cavalo para Portugal, acompanhado do meu “perrero” e de um temporal medonho. Atravessei a fronteira[…] Percorrendo os maus caminhos pejados de atoleiros, onde me meti, sob constantes chuvadas e andando parte da caminhada com rumo perdido pelos azinhais, cheguei finalmente à herdade de Malaque, onde me aguardava D. Luis Baena, cônsul de Espanha em Elvas. Não quero lembrar o que passei naquele miserável alojamento para não ofender a memória do bom amigo Baena. Pobres cães, pobres cavalos e infelizes de nós! Outro rei que não fosse D. Carlos I de Portugal teria desistido de caçar com um tempo tão farto de chuvas e ventos como o que tivemos nos primeiros dias daquele mês, mas o monarca lusitano, havia fixado o dia 4 para começo da caçada e naquela data se apresentou nos montes próximos à fronteira de Badajoz, seguido de brilhante escolta montando briosos cavalos[…] Surgiram, então, conduzindo magníficos corcéis andaluzes e extremenhos, os convidados espanhóis, os conhecidos caçadores D. Alonso Bejarano, meu querido amigo e fino atirador, um dos meus melhores companheiros nas batidas, António Pacheco com os seus belos cães podengos, mastins, galgos e alanos, D. Alonso Grajera, proprietário da quinta onde iríamos caçar; seu filho Juanito; o cônsul Sr. Baena e a minha humilde pessoa. Juntaram-se também à expedição muitos cavaleiros portugueses, vizinhos das cidades próximas, desejosos de tomar parte na caçada e de conhecer o seu rei, aclamando-o com as descargas cerradas as suas armas de caça. Com os espanhóis cavalgavam o Governador Civil de Badajoz[…] No momento em que tão luzidas comitivas se encontraram deram vivas ao Rei e imediatamente o cônsul de Espanha fez a apresentação dos cavaleiros espanhóis, estabelecendo-se seguidamente o plano da caçada. Sua Majestade, com grande amabilidade, chamou-me para o seu lado, convidando-me a dispor como julgásse mais conveniente, coisa que me foi fácil de resolver, tendo em conta que, à minha disposição e do senhor Caldeira, estavam mais de duzentos batedores […] o difícil é cercar um monte com vinte espingardas quando se necessitem de oitenta e que as peças saiam mesmo ao encontro daqueles vinte, isto é ciência; mas cercar o monte com duzentos caçadores sendo suficientes oitenta, nada tem de difícil. Em pouco tempo tudo ficou pronto para a batida começar. Tantas espingardas havia que me sobraram cerca de quarenta, sem saber onde colocá-las; mas por fim encontrei lugar, e bom, pois nos sítios de mais confiança, coloquei duas filas de caçadores, distanciadas uns quinhentos metros uma da outra, tendo uma pequena colina entre as duas para evitar qualquer acidente. Rodeámos um monte chamado La Langaruta. O chefe dos batedores senhor Caldeira, encarregou-se, com os seus duzentos subordinados, de percorrer bem o terreno, juntando-se-lhes os nossos “perreros” com as respectivas matilhas.”

 

   Ora o autor destas linhas é Antonio Covarsí Vicentell, cuja biografia está devidamente tratada pela Real Academia de la Historia de Espanha tendo ele próprio uma história de vida curiosa. Descendente de uma família que tinha participado nas guerras carlistas, muda-se em pequeno para a Extremadura espanhola e conhece bem a cidade portuguesa de Elvas onde chegou a viver desterrado por razões políticas. Não foi um autor menor e dedicou-se ao estudo das questões cinegéticas. Foi presidente da Sociedad de Cazadores de Badajoz em 1890 e foi condecorado pelo Rei D. Carlos com a Ordem de Santiago pelas brilhantes organizações de caça. Morreu em Badajoz, com descendência, em 1937.

 











 

20/03/2025

TOPONÍMIA DA FREGUESIA DE CARCAVELOS

 

Autores. Manuel Eugénio F. Silva, José Ricardo C. Fialho

Edição da Junta de Freguesia de Carcavelos. Ano de 2011

* ( ... ) Nesta obra desvendamos mais um pouco da história de Carcavelos e daqueles que foram importantes para esta freguesia e para este concelho. Sem números nem coordenadas. Só com os nomes que fizeram o nosso passado e que farão o nosso futuro. *

* Texto escrito por Carlos Carreiras, Presidente da Câmara Municipal de Cascais 

 


AQUILINO RIBEIRO O GALANTE SÉCULO XVIII

 

Textos do Cavaleiro de Oliveira

Prefácio de Baptista - Bastos

1ª Edição. Agosto de 2008 


ROMA

O Cavaleiro de Oliveira teve uma vida aventurosa e a sua efígie foi queimada na fogueira inquisitorial num dos últimos auto-de-fé que se celebraram em Portugal. Homem do Mundo e defensor da liberdade, Francisco Xavier de Oliveira, notabilizou-se pela sua obra, crítica acérrima da religião e dos costumes vigentes na altura, responsáveis pelo atraso do país e das mentalidades. O Galante Século XVIII «é um testemunho animado acerca dos costumes, ambiente religioso e social do tempo» «Porque o século XVIII, frívolo, fradesco, galante espadachim, supersticioso, trabalhado já pela inquietação, decorre luminosamente das folhas do periódico (fascículos mensais para o Discours Pathétique), embora escritas a trouxe-mouxe, bifadas a este e àquele autor algumas vezes, tentámos a sua monda»

 
Aquilino Ribeiro


MARIA DAS DORES. A matadora do jet set

 

Autores. Hernâni Carvalho e Luís Maia

Título da colecção: Na Cena Do Crime

Edição. Ano de 2008

Livro em formato de "  Livro de bolso "


As duas imagens, aqui apresentadas  à direita, correspondem a uma actualização do assunto que foi tema do livro. Trata-se de uma reportagem inserida num suplemento do jornal " Correio da Manhã " do mês de Fevereiro de 2025.











19/03/2025

SEARA DOS TEMPOS - HARVEST OF TIME

 

Autor. José Maria d`Eça de Queiroz



Queiroz, (José Maria d’Eça de ) - Angola Seara dos Tempos: Angola no Presente, Angola no Passado. Edição do autor. [Empresa Industrial Gráfica do Porto. Litografia Pátria, Porto. Neogravura, Lda. Lisboa. Empresa Nacional de Publicidade]. Lisboa. Sem data (1969). In-fólio de 442-II pags. Ilustrado com fotografias da autoria de Ludwig Wagner, António Sequeira e Joaquim Cabral. Ilustrações desenhos e aguarelas de Neves e Sousa. Encadernação do editor em tela, com sobrecapa de papel policromada. Edição bilingue, sendo a versão inglesa da responsabilidade de Elaine Sanceau. Profusamente ilustrado com mapas e reproduções fotográficas. *

* Texto. Homem dos livros -Alfarrabista.


HISTÓRIAS DE CAÇA

 

Autora. Maria Antónia Goes

1ª Edição


" No tempo do meu Pai a caça não tinha nada a ver com o que se pratica hoje. Para já, não se pagava, era-se convidado e convidava-se; não se discutia uma peça de caça abatida pelo amigo do lado, ninguém estava interessado em impressionar ninguém. Tratava-se da caça, dava-se de beber e de comer às perdizes, porque se fazia gosto em oferecer boas caçadas aos amigos. " *

* Breve extrato de parte de um texto inserido na obra. 

Disponível um exemplar

16/10/2024

A CONDIÇÃO HUMANA

 

Autor. André Malraux

Título original. La Condition Humaine

Tradução e prefácio de Jorge de Sena. ( Janeiro de 1956 - Agosto de  1958 )

Numa Xangai rendida à violência, quatro homens vivem o fervilhar dos primeiros dias da revolução chinesa de 1927: Kyo Gisors, um dos líderes da luta comunista, idealista e intelectual, a braços com a sua própria crise familiar; Tchen, um terrorista atormentado pelos assassínios perpetrados; Clappique, um boémio francês, traficante de ópio e negociador de armas; e Katov, o revolucionário russo que tranquilamente observa o desenrolar dos acontecimentos até ao momento do seu sacrifício derradeiro.

O PRÉMIO

 

Autor. Irving Wallace

Título original. The Prize

Tradução de Maria Isabel Morna Braga e Mário Braga.

1ª Edição portuguesa- Lisboa 1972

Nota- Obra volumosa com 946 páginas

Escritor norte-americano, Irving Wallace nasceu a 29 de Junho de 1916 na cidade de Chicago. Filho de emigrantes russos, o seu pai trabalhava como empregado de loja. Cresceu e estudou em Kenosha, no estado do Wisconsin e, com apenas quinze anos de idade, deu início a uma carreira como jornalista, publicando regularmente artigos em publicações periódicas. Terminados os seus estudos secundários, deu ingresso no Instituto Williams, onde estudou Escrita de Criação, prosseguindo depois no Los Angeles City College . Passou depois a trabalhar como jornalista independente, chegando a ser correspondente.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, serviu na Força Aérea como escritor para a imprensa e cinema militares, escrevendo em simultâneo artigos de propaganda para revistas como a American Legion Magazine e a Liberty . Após a guerra passou a escrever para publicações de gabarito, como o The Saturday Evening Post , a Cosmopolitan e a Esquire and Collier's .
A partir de 1948 passou a trabalhar como argumentista para a indústria cinematográfica de Hollywood, escrevendo, em co-autoria com Horace McCoy, títulos como The West Point Story (1950), Bad To Each Other (1953) e Jump Into The Hell (1955).
Em 1959 publicou o seu primeiro romance, The Sins Of Philip Fleming, obra que passou despercebida pela crítica. Seguiu-se The Chapman Report (1960, O Relatório Chapman ), romance que contava a história de um psiquiatra que decide levar a cabo um estudo sobre o comportamento sexual feminino, descobrindo que, afinal há subtilezas que não podem ser abrangidas.
Seguiu-se então um período em que Wallace se dedicou à produção de romances de agrado popular, procurando ingredientes que pudessem cativar o público, como o sexo, a alta finança e o antagonismo dirigido à União Soviética, bastante frequente nessa época em que a Guerra Fria mantinha o seu auge. Assim, em 1962 publicou The Prize (O Prémio ), em que contava a história de um grupo de sábios galardoados com o Prémio Nobel, e que são procurados por comunistas da então República Democrática Alemã. A obra foi adaptada para o cinema logo no ano seguinte, contando com a participação de nomes como Paul Newman e Elke Sommers no elenco.
Grande parte da sua obra foi convertida para a Sétima Arte, com destaque particular para o filme realizado em 1971 por Russ Meyer a partir do romance The Seven Minutes (1969, Os Sete Minutos ) e The Man (1964), realizado em 1972 por Joseph Sargent.
A publicação deste último romance em 1964, que imaginava o que aconteceria se um negro fosse eleito presidente dos Estados Unidos da América, valeu a Wallace o Supremo Prémio de Mérito do Instituto Memorial George Washington Carver, juntamente com uma tença oferecida pela mesma fundação. Entre muitos outros galardões atribuídos ao seu trabalho, salientam-se uma medalha de prata pelo Commonwealth Club em 1965 e a Rosa D'Oro de Veneza em 1975.
No ano de 1972 passou a desempenhar as funções de repórter na agência noticiosa dos periódicos Chicago News e Sun Times, tendo como missão a cobertura das convenções dos partidos Democrático e Republicano. Também nesse ano publicou The Word (1972, A Palavra ), romance em que contava a história da descoberta de um evangelho alegadamente escrito pelo irmão de Jesus Cristo. Em 1979 publicou The Pigeon Project (Projecto Pombo-Correio), obra em que procedia a uma reflexão sobre o sonho da invenção do elixir da juventude e, em 1984 seria a vez de The Miracle (O Milagre), romance que girava em torno da aparição de Lurdes em 1958.
Irving Wallace faleceu a 29 de Junho de 1990 em Los Angeles, vítima de um cancro no pâncreas. 


O Prémio

O romancista Andrew Craig não está sóbrio há muito tempo. Depois de perder a sua esposa num acidente de carro que ele acredita ter sido sua própria culpa,  voltou-se para a bebida e para a sua cunhada, Leah, que atua como sua cuidadora e enfermeira residente. Quando recebe o Prémio Nobel de Literatura pelo seu romance ‘O Estado Perfeito’, um golpe histórico ao comunismo,  dirige-se a Estocolmo, na esperança de encontrar uma razão para viver e escrever. Os outros laureados têm os seus próprios problemas, um cirurgião cardíaco que acredita que dividir seu prémio com um colega italiano lhe rouba a glória, um casal premiado em medicina no meio de uma grave crise conjugal e outros – incluindo Max Stratman , cujo coração não está realmente à altura da viagem, mas que precisa do prémio em dinheiro para sustentar a sobrinha, Emily.
Este romance mergulha nas vidas, amores, sonhos e pesadelos desses personagens e outros, construindo uma visão panorâmica do Prémio Nobel, a vida em Estocolmo e o estado da política mundial nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.Um romance maravilhoso de um dos melhores romancistas da América. O prémio foi transformado num filme com a participação entre outros do actor Paul Newman.

TRABALHO

 

Autor. Fausto Leite ( Advogado especialista em Direito do Trabalho )

2ª edição. Janeiro de 2010


Na elaboração deste guia, teve o autor a preocupação essencial de traduzir em linguagem acessível o que de mais relevante decorre da legislação vigente em Portugal sobre o tema, de forma a que o cidadão possa apreender as questões que lhe surgem no dia - a - dia. (... )*

* Breve extrato da « Advertência »

Introdução ao Estudo dos PARTIDOS POLÍTICOS

 

Autor. Domingos Antunes Valente ( Licenciado em Ciências  Político - Sociais. Inspector Principal do Trabalho )

Ano desta edição. 1981

Não é possível compreender a sociedade política de hoje, sem a vida dos partidos. « A estrutura, o papel e os fins dos partidos políticos adquiriram na vida política, uma tal importância que sob muitos aspectos é só deles que depende hoje a qualificação do regime político (... ) *

* Breve extrato da « Nota Introdutória »

HISTÓRIA

 

Autoras. Maria Eugénia Reis Gomes, Maria Margarida Mendes de Matos, Ana Maria Leal de Faria,Joaquina Mendes Pereira

Obra composta por 2 volumes para o 8º Ano.

Anos destas edições. 1979


Introdução

As Aprendizagens Essenciais (AE) de História identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da História no 3.o ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.

As AE foram elaboradas tendo como referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.o ano representa o fim do contacto com a disciplina de História.

No 3.o ciclo a História torna-se uma disciplina autónoma, uma vez que no 1.o ciclo está integrada no Estudo do Meio e no 2.o ciclo se trata a História e Geografia de Portugal, o que permite aprofundar a utilização das metodologias específicas desta área do saber e, optando por uma abordagem cronológica, dar aos alunos uma consciência de outras realidades espácio-temporais, relacionando a história de Portugal com a história da Europa e do Mundo.

No que respeita ao 8.o ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de etapas fundamentais do desenvolvimento da humanidade, desde a expansão e mudança verificadas nos séculos XV e XVI até ao aparecimento e desenvolvimento da civilização industrial no século XIX.

Pretende-se que o aluno adquira uma consciência histórica que lhe permita assumir uma posição crítica e participativa na sociedade, reconhecendo a utilidade da História para compreender de forma integrada o mundo em que vive e para a construção da sua identidade individual e coletiva. A História, através da análise fundamentada e crítica de exemplos do passado, é uma disciplina fundamental para promover a cultura de autonomia e responsabilidade, referida no documento PA.

Para além das AE identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 3o ciclo o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina de História e transversais a vários temas e anos de escolaridade:

  • Consolidar a aquisição e utilizar referentes de tempo e de unidades de tempo histórico: antes de, depois de, milénio, século, ano, era; (A; B; C; I) 
  • Localizar em representações cartográficas, de diversos tipos, locais e eventos históricos; (A; B; C; I)
  • Compreender a necessidade das fontes históricas para a produção do conhecimento histórico; (A; B; C; D; F; I)
  • Utilizar adequadamente fontes históricas de tipologia diversa, recolhendo e tratando a informação para a abordagem da realidade social numa perspetiva crítica; (A; B C; D; F; H; I)
  • Relacionar formas de organização do espaço com os elementos naturais e humanos aí existentes em diferentes épocas históricas, ressaltando aspetos diferentes e aspetos que permanecem; (A; B; C D; F; G; I; J)
  • Reforçar a utilização de conceitos operatórios e metodológicos da disciplina de História; (C; D; F; I)
  • Compreender a existência de continuidades e de ruturas no processo histórico, estabelecendo relações de causalidade e de consequência; (A; B; C; D; F; G; I)
  • Reconhecer a importância dos valores de cidadania para a formação de uma consciência cívica e de uma intervenção responsável na sociedade democrática; (A; B; C; D; E; F; G; I)
  • Promover uma abordagem da História baseada em critérios éticos e estéticos; (A; B; C; D; E; F; G; H; I; J)
  • Relacionar, sempre que possível, as aprendizagens com a História regional e local, valorizando o património histórico e cultural existente na região/local onde habita/estuda; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Promover o respeito pela diferença, reconhecendo e valorizando a diversidade étnica, ideológica, cultural e sexual; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Valorizar a dignidade humana e os direitos humanos, promovendo a diversidade, as interações entre diferentes culturas, a justiça, a igualdade e equidade no cumprimento das leis; (A; B; C; D; E; F; G; H; I)
  • Respeitar a biodiversidade, valorizando a importância da riqueza das espécies vegetais e animais para o desenvolvimento das comunidades humanas. (A; B; D; F; G)


Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o Programa e as Metas Curriculares que se mantêm em vigor.

A VIDA É BELA

 

Autores. Roberto Benigni, Vincenzo Cerami

Título original. La Vita è Bella -Turim 1998

1ª edição portuguesa.. Maio de 1999

Tradução. Simonetta Neto


 Este livro reproduz o argumento do filme homónimo realizado por Roberto Benigni - que obteve um impressionante conjunto de galardões
 
 
 Encontra todo o elenco do filme A Vida é Bela dirigido por Roberto Benigni com Roberto Benigni, Horst Buchholz, Marisa Paredes.
 

15/10/2024

A FOGUEIRA DAS VAIDADES

 Autor. Tom Wolfe

Título original. The Bonfire of the Vanities

Ano de 1987

Tradução de Ana Luísa Faria para esta edição portuguesa no ano de 2008

Título

O título é uma referência à histórica Fogueira das Vaidades, que aconteceu em 1497, em Florença, na Itália, quando a cidade era governada pelo padre dominicano Girolamo Savonarola, que ordenou que os objetos que as autoridades da igreja consideravam pecaminosos fossem queimados, entre eles cosméticos, espelhos, livros e arte.



A Fogueira das Vaidades é um romance, lançado em 1987, de Tom Wolfe.  A história é um drama sobre ambição, racismo, classe social, política e ganância na cidade de Nova York dos anos 1980, e centra-se em três personagens principais: o corretor da bolsa de valores Sherman McCoy, o promotor público judeu Larry Kramer e o jornalista expatriado britânico Peter Fallow.

O romance foi originalmente concebido como uma série, inspirado no formato de publicação já utilizado por Charles Dickens. Sua publicação se deu em 27 capítulos nas edições da revista Rolling Stone, a partir de 1984. Wolfe  revisou -o antes de ser publicado em livro. O romance foi um best-seller de grande repercussão. Muitas vezes foi chamado de romance essencial da década de 1980, e em 1990 foi adaptado para o cinema, dirigido por Brian De Palma.

Na Margem do RIO PEDRA Eu Sentei e Chorei

 

Autor. Paulo Coelho

13ª reimpressão, 2002

Paulo Coelho

Um dos autores mais lidos e respeitados em todo o mundo, e o escritor de língua portuguesa mais vendido de sempre, Paulo Coelho tem a sua obra publicada em mais de 170 países e traduzida em 88 idiomas. É autor do clássico dos nossos tempos, O Alquimista, considerado o romance mais traduzido de sempre e que atingiu mais de 427 semanas ininterruptas na lista de bestsellers do The New York Times. Nascido no Rio de Janeiro, em 1947, foi compositor, antes de se dedicar à literatura. Foi galardoado com diversos prémios internacionais, entre eles o prestigiado título de Chevalier de L’Ordre National de la Légion d’Honneur.

 

Uma lição de vida, um incitamento a que se corram riscos para que o inesperado aconteça?
Uma mensagem de fé: “Deus dá-nos todos os dias – junto com o Sol – um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes”?
Um empolgante e belissímo relato, pelo sortilégio da pena de um escritor humano e espiritualmente tão forte como é Paulo Coelho, internacionalmente aclamado pela crítica.

Eu Sentei e Chorei. Conta a lenda que tudo o que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves- se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças. ( ... ) *

* Breve extrato do capítulo inicial da obra

" A FALTA DE PAGAMENTO DE RENDA EM ARRENDAMENTO RURAL "

 

Autor. Guerra da Mota ( Advogado )

Ano de edição. 1980

 Francisco Guerra da Mota, conhecido causídico nortenho e o primeiro Vereador eleito pelo CDS nas Eleições Autárquicas de 12 de dezembro de 1976 para a Câmara Municipal de Vila do Conde, faleceu, com 76 anos na segunda feira, 18 de julho de 2016, de causa natural.
Francisco Guerra da Mota tomou posse como Vereador da Câmara Municipal de Vila do Conde a 11 de janeiro de 1977, eleito pelo CDS, e foi também proposto para o Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Vila do Conde. A 30 de maio de 1978 pede escusa dos serviços prestados ao município de Vila do Conde para se dedicar em exclusivo ao Direito.
Francisco Guerra da Mota era natural de Vila Real, vivia em Malta, Vila do Conde, mas exercia Direito em Matosinhos, mas, antes de se estabelecer na Rua Conde Alto Mearim, teve escritório no Porto.
Francisco Guerra da Mota tem ligações familiares a Taveira da Mota, ex-responsável da extinta fábrica com o mesmo nome, mais conhecida por “Seca do Bacalhau”, em Vila do Conde.
“Gosto do Direito como fonte de conhecimento. Gosto da discussão em barra. Gosto do diálogo e do entrosamento do diálogo entre juízes, advogados e testemunhas. Gosto do diálogo triangular”, dizia, frequentemente, Francisco Guerra da Mota quando falava sobre a profissão que exercia, o Direito.

 

 

No artigo 460.º do Código de Processo Civil define o processo com comum ou especial. No seu nº 2 esclarece este preceito legal: « O processo especial aplica-se a todos os casos expressamente designados na lei; o processo comum é aplicável a todos os casos em que não corresponda processo especial. O nº 2 do art.º 463.º do Código de Processo Civil contém as disposições reguladoras do processo especial e o nº 3 do mesmo preceito o regime de recursos. (... )*

* Breve extrato de um dos capítulos da obra sob o título na sua alínea « C ) A resolução do arrendamento como processo especial »

XXI SONETOS DE AMOR

 

Autor. Fernando Tavares Rodrigues

1ª Edição. Janeiro de 2005

 

O escritor e jornalista Fernando Tavares Rodrigues, falecido em Lisboa  cinco dias antes de completar 52 anos, foi sepultado em 03 de Março de 2016 . Professor universitário, sociólogo e escritor interessou-se pela carreira diplomática e pelo jornalismo, onde se iniciou em 1974. Começou a carreira no Diário Popular e trabalhou mais tarde no Correio da Manhã. Era formado em Economia e Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa, onde estudou também Comunicação Social. Da sua obra publicada ficam títulos como "Memórias de corpo inteiro", " (Ur)gente", "(A)mar", "Concerto para uma voz", "Talvez amanhã", "Depois do amor" , "O amor (im)possível" e "XXI Sonetos de Amor".

 David Mourão Ferreira descreveu-o como uma pessoa que "enfrenta corajosamente o risco de descrever a espuma dos momentos e dos sentimentos" e Baptista Bastos considerou-o um "herdeiro natural da nossa rica tradição lírica".

" A aventura política de Fernando Tavares Rodrigues filia-se na melhor tradição da lírica portuguesa. E este livro, este belo « XXI Sonetos de Amor », continua esse percurso, na demanda de uma verdade privada que, simultaneamente, constitui o compromisso do poeta com a vida, fazendo sua a luz de uma visão singularíssima. " (... ) *

* Breve extrato do prefácio assinado por Baptista Bastos.

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14/10/2024

OS VÍNCULOS ETERNOS

 

Autor. Manuel Ribeiro.

1ª edição. Lisboa - 1929

Com o seu percurso de anarquista, fundador do Partido Comunista Português e católico democrata, o bejense Manuel Ribeiro foi um dos escritores mais lidos e discutidos em Portugal nos anos 1920. Aborda-se aqui o último romance que ele publicou nessa década, Vínculos Eternos (1929).

Conta a história de um revolucionário perseguido e desiludido, que se aproxima da fé cristã e encontra paz e amor na bela paisagem do Minho. Mas para lá deste enredo o livro discute um problema que permanece actual e fundamental: o impacto dos avanços científicos na evolução da sociedade. À época, no contexto da ditadura militar, foi também uma tomada de posição em defesa da democracia.

VIDA REAL

 

Autora. Maria O'Neill

1ª Edição. Lisboa - 1915


( ... ) Era assim que nas noites de inverno, quando o vento irado fazia rumorejar as àrvores do valle e soltar assobios estridulos e contínuos aos búzios do moinho, no outeiro sobranceiro ao palacio, elle, sentido-se alegre e feliz no conforto do lar, rodeiado dos seus, transbordava de infinita piedade por aquelles que, sem familia, no ultimo quartel da vida, ouviam desencadear a tempestade sós nos seus quartos, revolvendo na memoria o passado, sempre saudoso, mas que, para quem não tem ninguem, torna cabida a sentida phrase de Dante, tão real para tantos, e que Musset alcunha de blasphemia n'uns encantadores versos que todos conhecem " Dant, pourquoi dis -tu qu'il n'est pire misère Qu'un souvenir heureux dans le temps de douleur ? " ( ... ) * ( 1 ) 

* Breve extrato do capítulo « Velha Guarda » ao qual mantive a grafia original.

( 1 ) Tradução para português. " Dante. Por que dizes que não há sofrimento pior do que uma lembrança feliz em tempos de tristeza ? "

CANTOS, ENCANTOS, QUEBRANTOS

 

Autor. Virgílio P. Ramos

Edição de autor. Ano de 1955

Virgílio Pereira Ramos – insigne cientista e escritor

Já algum tempo que comecei a interessar-me por uma das figuras importantes com origens em Vale de Espinho, um dos filhos do Senhor Vital (Vital Pereira Ramos), que os mais velhos conheceram, chamado Virgílio Pereira Ramos. Embora não nascido na nossa aldeia, foi aqui que passou a sua infância, tendo depois voado para outras paragens para frequentar o liceu, universidade, especializações em diversas áreas, desde a agronomia, energia atómica, ciências tropicais, pesticidas e outras.

Virgílio Pereira Ramos, esposa e Vital Pereira Ramos
Luís Miguel Carvalho Ramos ladeado dos pais

Pelas numerosas participações e bolsas que obteve ao longo da sua carreira, observa-se que, mesmo nos tempos do designado Estado Novo, Portugal incentivava os melhores a prosseguirem as suas investigações, pois, ao mesmo tempo que os interessados se realizavam ao nível pessoal, também, com o seu saber contribuíam para o bem das empresas e do país.

E Virgílio Pereira Ramos foi, de facto, um dos melhores do seu tempo, saídos da Faculdade de Agronomia de Lisboa.

Cedo percebeu que com a língua inglesa poderia ir muito mais longe nas suas investigações científicas, mas, como a curiosidade não tem limites, interessou-se também pela literatura inglesa, participando em vários seminários no prestigiado meio universitário de Oxford.

Era um autêntico guloso do saber, aliando a ciência universitária à concretização empresarial. E os seus interesses eram variados, tanto nos óleos vegetais, como nos pesticidas, na apuramento e melhoramento da produção do café e outros.

Foi responsável pela Estação Agronómica Nacional durante vários anos e ali desenvolveu a sua investigação no domínio da Química Tecnológica e dos Pesticidas.

Não admira que as empresas farmacêuticas, como a Sandoz, o tenham contratado como consultor técnico para os seus produtos. Também o actualmente designado Instituto Nacional de Investigação Agrária o foi escolher para dirigir o Laboratório de Fitofarmacologia, onde ocupou vários cargos de responsabilidade.

Virgílio Pereira Ramos representou Portugal em vários congressos internacionais e colóquios nas áreas da sua especialidade e em reuniões internacionais da FAO.

Como bom cidadão, interessou-se também pela política e no fim dos anos setenta aderiu à Aliança Democrática, entusiasmando-se pelos ideais de Sá Carneiro.

Este grande cientista e investigador tinha também o seu lado ternurento que se manifestou na sua obra poética. Deixou-nos vários livros, citando apenas alguns como «Pórtico» (1951), «Cantos, Encantos, Quebrantos» (1955), «Sentimento» (1957), «Terra Inventada» (1958), «Poemas Capitalistas» (1958), outros publicados após o seu falecimento. Colaborou ainda, com vários trabalhos literários, nos suplementos literários de algumas revistas e jornais diários em Lisboa e na província e obteve prémios e menções honrosas em concursos de poesia e de literatura. Foi ainda director do Jornal da Europa, juntamente com Urbano Tavares Rodrigues, que, ao fim de quatro números, foi impedido pela censura de ser continuada a sua publicação.

Nos seus poemas não esqueceu a aldeia de Vale de Espinho onde viveu a sua infância, tendo escrito este soneto que se transcreve e que tem por título :

É lindo para o sonho a minha aldeia

É lindo para o sonho a minha aldeia
Esplendendo os verdes lá da serra,
Lembra a graça sem brincos, que na terra
Divulga, sempre moça e nunca feia!

Quando ao crepúsculo, a seara já ondeia,
Na promessa das músicas que em si encerra,
As fontes vestem asas e o sonho erra
Colhendo, aqui e além, o pão da sua ceia!

A luz do sol sucumbe, a esfiapar-se…
E o povo volta ao lar, a repassar-se
Dos sinos e das sombras da oração

Ascende a ideia, como um luar bento,
E vertido ao imenso, o pensamento
Abarca a Deus, em nó do coração!