Autor. André Malraux
Título original. La Condition Humaine
Tradução e prefácio de Jorge de Sena. ( Janeiro de 1956 - Agosto de 1958 )
«Casa para terapia da alma».
Autor. André Malraux
Título original. La Condition Humaine
Tradução e prefácio de Jorge de Sena. ( Janeiro de 1956 - Agosto de 1958 )
Autor. Irving Wallace
Título original. The Prize
Tradução de Maria Isabel Morna Braga e Mário Braga.
1ª Edição portuguesa- Lisboa 1972
Nota- Obra volumosa com 946 páginas
Escritor norte-americano, Irving Wallace nasceu a 29 de Junho de 1916 na
cidade de Chicago. Filho de emigrantes russos, o seu pai trabalhava
como empregado de loja. Cresceu e estudou em Kenosha, no estado do
Wisconsin e, com apenas quinze anos de idade, deu início a uma carreira
como jornalista, publicando regularmente artigos em publicações
periódicas.
Terminados os seus estudos secundários, deu ingresso no Instituto
Williams, onde estudou Escrita de Criação, prosseguindo depois no Los Angeles City College . Passou depois a trabalhar como jornalista independente, chegando a ser correspondente.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, serviu na Força Aérea como
escritor para a imprensa e cinema militares, escrevendo em simultâneo
artigos de propaganda para revistas como a American Legion Magazine e a Liberty . Após a guerra passou a escrever para publicações de gabarito, como o The Saturday Evening Post , a Cosmopolitan e a Esquire and Collier's .
A partir de 1948 passou a trabalhar como argumentista para a indústria
cinematográfica de Hollywood, escrevendo, em co-autoria com Horace
McCoy, títulos como The West Point Story (1950), Bad To Each Other (1953) e Jump Into The Hell (1955).
Em 1959 publicou o seu primeiro romance, The Sins Of Philip Fleming, obra que passou despercebida pela crítica. Seguiu-se The Chapman Report (1960, O Relatório Chapman
), romance que contava a história de um psiquiatra que decide levar a
cabo um estudo sobre o comportamento sexual feminino, descobrindo que,
afinal há subtilezas que não podem ser abrangidas.
Seguiu-se então um período em que Wallace se dedicou à produção de
romances de agrado popular, procurando ingredientes que pudessem cativar
o público, como o sexo, a alta finança e o antagonismo dirigido à União
Soviética, bastante frequente nessa época em que a Guerra Fria mantinha
o seu auge. Assim, em 1962 publicou The Prize (O Prémio
), em que contava a história de um grupo de sábios galardoados com o
Prémio Nobel, e que são procurados por comunistas da então República
Democrática Alemã. A obra foi adaptada para o cinema logo no ano
seguinte, contando com a participação de nomes como Paul Newman e Elke
Sommers no elenco.
Grande parte da sua obra foi convertida para a Sétima Arte, com destaque
particular para o filme realizado em 1971 por Russ Meyer a partir do
romance The Seven Minutes (1969, Os Sete Minutos ) e The Man (1964), realizado em 1972 por Joseph Sargent.
A publicação deste último romance em 1964, que imaginava o que
aconteceria se um negro fosse eleito presidente dos Estados Unidos da
América, valeu a Wallace o Supremo Prémio de Mérito do Instituto
Memorial George Washington Carver, juntamente com uma tença oferecida
pela mesma fundação. Entre muitos outros galardões atribuídos ao seu
trabalho, salientam-se uma medalha de prata pelo Commonwealth Club em 1965 e a Rosa D'Oro de Veneza em 1975.
No ano de 1972 passou a desempenhar as funções de repórter na agência noticiosa dos periódicos Chicago News e Sun Times, tendo como missão a cobertura das convenções dos partidos Democrático e Republicano. Também nesse ano publicou The Word (1972, A Palavra ), romance em que contava a história da descoberta de um evangelho alegadamente escrito pelo irmão de Jesus Cristo.
Em 1979 publicou The Pigeon Project (Projecto Pombo-Correio), obra em que procedia a uma reflexão sobre o sonho da invenção do elixir da juventude e, em 1984 seria a vez de The Miracle (O Milagre), romance que girava em torno da aparição de Lurdes em 1958.
Irving Wallace faleceu a 29 de Junho de 1990 em Los Angeles, vítima de um cancro no pâncreas.
O Prémio
O romancista Andrew Craig não está sóbrio há muito tempo. Depois de
perder a sua esposa num acidente de carro que ele acredita ter sido sua
própria culpa, voltou-se para a bebida e para a sua cunhada, Leah,
que atua como sua cuidadora e enfermeira residente. Quando recebe o
Prémio Nobel de Literatura pelo seu romance ‘O Estado Perfeito’, um
golpe histórico ao comunismo, dirige-se a Estocolmo, na esperança de
encontrar uma razão para viver e escrever. Os outros laureados têm os
seus próprios problemas, um cirurgião cardíaco que acredita que dividir
seu prémio com um colega italiano lhe rouba a glória, um casal
premiado em medicina no meio de uma grave crise conjugal e outros –
incluindo Max Stratman , cujo coração não está realmente à altura da
viagem, mas que precisa do prémio em dinheiro para sustentar a sobrinha,
Emily.
Este romance mergulha nas vidas, amores, sonhos e pesadelos desses
personagens e outros, construindo uma visão panorâmica do Prémio Nobel, a
vida em Estocolmo e o estado da política mundial nos anos que se
seguiram à Segunda Guerra Mundial.Um romance maravilhoso de um dos
melhores romancistas da América. O prémio foi transformado num filme com a participação entre outros do actor Paul Newman.
Autor. Fausto Leite ( Advogado especialista em Direito do Trabalho )
2ª edição. Janeiro de 2010
* Breve extrato da « Advertência »
Autor. Domingos Antunes Valente ( Licenciado em Ciências Político - Sociais. Inspector Principal do Trabalho )
Ano desta edição. 1981
* Breve extrato da « Nota Introdutória »
Autoras. Maria Eugénia Reis Gomes, Maria Margarida Mendes de Matos, Ana Maria Leal de Faria,Joaquina Mendes Pereira
Obra composta por 2 volumes para o 8º Ano.
Anos destas edições. 1979
As Aprendizagens Essenciais (AE) de História identificam os conhecimentos, as capacidades e as atitudes que se pretendem atingir com a aprendizagem da História no 3.o ciclo e constituem-se como o documento curricular base para a planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, contribuindo para a consecução do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA). Identificando as AE permite-se o aprofundamento de temas, as explorações interdisciplinares e a mobilização de componentes locais do currículo.
As AE foram elaboradas tendo como referência uma escolaridade obrigatória de 12 anos, com a preocupação de dar aos alunos instrumentos para o prosseguimento de estudos, mas pensando igualmente que, para muitos, o 9.o ano representa o fim do contacto com a disciplina de História.
No 3.o ciclo a História torna-se uma disciplina autónoma, uma vez que no 1.o ciclo está integrada no Estudo do Meio e no 2.o ciclo se trata a História e Geografia de Portugal, o que permite aprofundar a utilização das metodologias específicas desta área do saber e, optando por uma abordagem cronológica, dar aos alunos uma consciência de outras realidades espácio-temporais, relacionando a história de Portugal com a história da Europa e do Mundo.
No que respeita ao 8.o ano de escolaridade, as AE definidas incidem no estudo de etapas fundamentais do desenvolvimento da humanidade, desde a expansão e mudança verificadas nos séculos XV e XVI até ao aparecimento e desenvolvimento da civilização industrial no século XIX.
Pretende-se que o aluno adquira uma consciência histórica que lhe permita assumir uma posição crítica e participativa na sociedade, reconhecendo a utilidade da História para compreender de forma integrada o mundo em que vive e para a construção da sua identidade individual e coletiva. A História, através da análise fundamentada e crítica de exemplos do passado, é uma disciplina fundamental para promover a cultura de autonomia e responsabilidade, referida no documento PA.
Para além das AE identificadas para cada tema do Programa, ao longo do 3o ciclo o aluno deve desenvolver um conjunto de competências específicas da disciplina de História e transversais a vários temas e anos de escolaridade:
Os documentos de referência considerados para a elaboração das AE foram o
Programa e as Metas Curriculares que se mantêm em vigor.
Autores. Roberto Benigni, Vincenzo Cerami
Título original. La Vita è Bella -Turim 1998
1ª edição portuguesa.. Maio de 1999
Tradução. Simonetta Neto
Título original. The Bonfire of the Vanities
Ano de 1987
Tradução de Ana Luísa Faria para esta edição portuguesa no ano de 2008
O título é uma referência à histórica Fogueira das Vaidades, que aconteceu em 1497, em Florença, na Itália, quando a cidade era governada pelo padre dominicano Girolamo Savonarola, que ordenou que os objetos que as autoridades da igreja consideravam pecaminosos fossem queimados, entre eles cosméticos, espelhos, livros e arte.
A Fogueira das Vaidades é um romance, lançado em 1987, de Tom Wolfe. A história é um drama sobre ambição, racismo, classe social, política e ganância na cidade de Nova York dos anos 1980, e centra-se em três personagens principais: o corretor da bolsa de valores Sherman McCoy, o promotor público judeu Larry Kramer e o jornalista expatriado britânico Peter Fallow.
O romance foi originalmente concebido como uma série, inspirado no formato de publicação já utilizado por Charles Dickens. Sua publicação se deu em 27 capítulos nas edições da revista Rolling Stone, a partir de 1984. Wolfe revisou -o antes de ser publicado em livro. O romance foi um best-seller de grande repercussão. Muitas vezes foi chamado de romance essencial da década de 1980, e em 1990 foi adaptado para o cinema, dirigido por Brian De Palma.
Autor. Paulo Coelho
13ª reimpressão, 2002
Paulo Coelho
Um dos autores mais lidos e respeitados em todo o mundo, e o escritor de língua portuguesa mais vendido de sempre, Paulo Coelho tem a sua obra publicada em mais de 170 países e traduzida em 88 idiomas. É autor do clássico dos nossos tempos, O Alquimista, considerado o romance mais traduzido de sempre e que atingiu mais de 427 semanas ininterruptas na lista de bestsellers do The New York Times. Nascido no Rio de Janeiro, em 1947, foi compositor, antes de se dedicar à literatura. Foi galardoado com diversos prémios internacionais, entre eles o prestigiado título de Chevalier de L’Ordre National de la Légion d’Honneur.
Eu Sentei e Chorei. Conta a lenda que tudo o que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves- se transforma nas pedras do seu leito. Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças. ( ... ) *
* Breve extrato do capítulo inicial da obra
Autor. Guerra da Mota ( Advogado )
Ano de edição. 1980
Francisco Guerra da
Mota, conhecido causídico nortenho e o primeiro Vereador eleito pelo CDS
nas Eleições Autárquicas de 12 de dezembro de 1976 para a Câmara
Municipal de Vila do Conde, faleceu, com 76 anos na segunda feira, 18
de julho de 2016, de causa natural.
Francisco Guerra da Mota tomou posse como Vereador da Câmara Municipal
de Vila do Conde a 11 de janeiro de 1977, eleito pelo CDS, e foi também
proposto para o Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados
de Vila do Conde. A 30 de maio de 1978 pede escusa dos serviços
prestados ao município de Vila do Conde para se dedicar em exclusivo ao
Direito.
Francisco Guerra da Mota era natural de Vila Real, vivia em Malta, Vila
do Conde, mas exercia Direito em Matosinhos, mas, antes de se
estabelecer na Rua Conde Alto Mearim, teve escritório no Porto.
Francisco Guerra da Mota tem ligações familiares a Taveira da Mota,
ex-responsável da extinta fábrica com o mesmo nome, mais conhecida por
“Seca do Bacalhau”, em Vila do Conde.
“Gosto do Direito como fonte de conhecimento. Gosto da discussão em
barra. Gosto do diálogo e do entrosamento do diálogo entre juízes,
advogados e testemunhas. Gosto do diálogo triangular”, dizia,
frequentemente, Francisco Guerra da Mota quando falava sobre a profissão
que exercia, o Direito.
No artigo 460.º do Código de Processo Civil define o processo com comum ou especial. No seu nº 2 esclarece este preceito legal: « O processo especial aplica-se a todos os casos expressamente designados na lei; o processo comum é aplicável a todos os casos em que não corresponda processo especial. O nº 2 do art.º 463.º do Código de Processo Civil contém as disposições reguladoras do processo especial e o nº 3 do mesmo preceito o regime de recursos. (... )*
* Breve extrato de um dos capítulos da obra sob o título na sua alínea « C ) A resolução do arrendamento como processo especial »
Autor. Fernando Tavares Rodrigues
1ª Edição. Janeiro de 2005
O escritor e jornalista Fernando Tavares Rodrigues, falecido em Lisboa cinco dias antes de completar 52 anos, foi sepultado em 03 de Março de 2016 . Professor universitário, sociólogo e escritor interessou-se pela carreira diplomática e pelo jornalismo, onde se iniciou em 1974. Começou a carreira no Diário Popular e trabalhou mais tarde no Correio da Manhã. Era formado em Economia e Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa, onde estudou também Comunicação Social. Da sua obra publicada ficam títulos como "Memórias de corpo inteiro", " (Ur)gente", "(A)mar", "Concerto para uma voz", "Talvez amanhã", "Depois do amor" , "O amor (im)possível" e "XXI Sonetos de Amor".
David Mourão Ferreira descreveu-o como uma pessoa que "enfrenta corajosamente o risco de descrever a espuma dos momentos e dos sentimentos" e Baptista Bastos considerou-o um "herdeiro natural da nossa rica tradição lírica"." A aventura política de Fernando Tavares Rodrigues filia-se na melhor tradição da lírica portuguesa. E este livro, este belo « XXI Sonetos de Amor », continua esse percurso, na demanda de uma verdade privada que, simultaneamente, constitui o compromisso do poeta com a vida, fazendo sua a luz de uma visão singularíssima. " (... ) *
* Breve extrato do prefácio assinado por Baptista Bastos.
)
Autor. Manuel Ribeiro.
1ª edição. Lisboa - 1929
Autora. Maria O'Neill
1ª Edição. Lisboa - 1915
* Breve extrato do capítulo « Velha Guarda » ao qual mantive a grafia original.
( 1 ) Tradução para português. " Dante. Por que dizes que não há sofrimento pior do que uma lembrança feliz em tempos de tristeza ? "
Autor. Virgílio P. Ramos
Edição de autor. Ano de 1955
Já algum tempo que comecei a interessar-me por uma das figuras importantes com origens em Vale de Espinho, um dos filhos do Senhor Vital (Vital Pereira Ramos), que os mais velhos conheceram, chamado Virgílio Pereira Ramos. Embora não nascido na nossa aldeia, foi aqui que passou a sua infância, tendo depois voado para outras paragens para frequentar o liceu, universidade, especializações em diversas áreas, desde a agronomia, energia atómica, ciências tropicais, pesticidas e outras.
Pelas numerosas participações e bolsas que obteve ao longo da sua carreira, observa-se que, mesmo nos tempos do designado Estado Novo, Portugal incentivava os melhores a prosseguirem as suas investigações, pois, ao mesmo tempo que os interessados se realizavam ao nível pessoal, também, com o seu saber contribuíam para o bem das empresas e do país.
E Virgílio Pereira Ramos foi, de facto, um dos melhores do seu tempo, saídos da Faculdade de Agronomia de Lisboa.
Cedo percebeu que com a língua inglesa poderia ir muito mais longe nas suas investigações científicas, mas, como a curiosidade não tem limites, interessou-se também pela literatura inglesa, participando em vários seminários no prestigiado meio universitário de Oxford.
Era um autêntico guloso do saber, aliando a ciência universitária à concretização empresarial. E os seus interesses eram variados, tanto nos óleos vegetais, como nos pesticidas, na apuramento e melhoramento da produção do café e outros.
Foi responsável pela Estação Agronómica Nacional durante vários anos e ali desenvolveu a sua investigação no domínio da Química Tecnológica e dos Pesticidas.
Não admira que as empresas farmacêuticas, como a Sandoz, o tenham contratado como consultor técnico para os seus produtos. Também o actualmente designado Instituto Nacional de Investigação Agrária o foi escolher para dirigir o Laboratório de Fitofarmacologia, onde ocupou vários cargos de responsabilidade.
Virgílio Pereira Ramos representou Portugal em vários congressos internacionais e colóquios nas áreas da sua especialidade e em reuniões internacionais da FAO.
Como bom cidadão, interessou-se também pela política e no fim dos anos setenta aderiu à Aliança Democrática, entusiasmando-se pelos ideais de Sá Carneiro.
Este grande cientista e investigador tinha também o seu lado ternurento que se manifestou na sua obra poética. Deixou-nos vários livros, citando apenas alguns como «Pórtico» (1951), «Cantos, Encantos, Quebrantos» (1955), «Sentimento» (1957), «Terra Inventada» (1958), «Poemas Capitalistas» (1958), outros publicados após o seu falecimento. Colaborou ainda, com vários trabalhos literários, nos suplementos literários de algumas revistas e jornais diários em Lisboa e na província e obteve prémios e menções honrosas em concursos de poesia e de literatura. Foi ainda director do Jornal da Europa, juntamente com Urbano Tavares Rodrigues, que, ao fim de quatro números, foi impedido pela censura de ser continuada a sua publicação.
Nos seus poemas não esqueceu a aldeia de Vale de Espinho onde viveu a sua infância, tendo escrito este soneto que se transcreve e que tem por título :
É lindo para o sonho a minha aldeia
É lindo para o sonho a minha aldeia
Esplendendo os verdes lá da serra,
Lembra a graça sem brincos, que na terra
Divulga, sempre moça e nunca feia!
Quando ao crepúsculo, a seara já ondeia,
Na promessa das músicas que em si encerra,
As fontes vestem asas e o sonho erra
Colhendo, aqui e além, o pão da sua ceia!
A luz do sol sucumbe, a esfiapar-se…
E o povo volta ao lar, a repassar-se
Dos sinos e das sombras da oração
Ascende a ideia, como um luar bento,
E vertido ao imenso, o pensamento
Abarca a Deus, em nó do coração!
Autores. Manuel Francisco Catarino, Joaquim Simão Portugal. ( Professores do Liceu de D. João III - Coimbra )
( Para o 3º e 4º Ano dos Liceus )
6ª Edição.
Obra inserida nos planos de leitura do Estado Novo.
Nota. Livro com assinaturas de posse, referentes essencialmente a alunos que por ele estudaram. Também um ou outro sublinhado, que em nada afetam os textos.
* Breve extrato de « Explicação Prévia » assinada pelos autores do livro.
Autor. João Grave ( Da Academia de Sciências de Lisboa )
3ª edição, emendada.
Lisboa- 1923
* Breve extrato do texto inicial, sob o título « O Último Fauno ».
Autor. João Miguel Fernandes Jorge
1ª Edição, Lisboa, Novembro 1997
O autor, nasceu em1943, no Bombarral. Poeta, prosador e crítico artístico, licenciado em Filosofia, desenvolveu também a atividade docente. Estreia-se na poesia com o volume Sob Sobre Voz, onde joga, de forma inquietante, com a não referencialidade de uma palavra que se situa na contiguidade com o indizível. Ou seja, nas palavras de Joaquim Manuel Magalhães, a perturbação gerada na leitura da sua poesia decorre da nossa formação ocidental, pela qual se torna "difícil de abdicar de um real para o qual as palavras não apontem" ("alguns descobriram que dizer barco não é arrastar à palavra um barco ou dizer aos outros que um barco está ali, mas revelar um local onde um barco não está, onde a memória dele se tornou uma música de fonemas em que desaparece o barco e o homem descobre a solidão que é dizer barco sem um barco ser. Este trabalho silencioso de captação da ausência percorre a obra de João Miguel Fernandes Jorge." (cf. MAGALHÃES, Joaquim Manuel - Os Dois Crepúsculos, Lisboa, A Regra do Jogo, 1981, pp. 224-225), ou, nas palavras do próprio autor: "O que me faz escrever este poema/não são as coisas: terra céu astros./A saber: estendo a mão: e/o mundo reconhece-a encontra a/memória onde repousa e se transforma./... Não sonho palavra sonho barco." ("Para outro texto", in Vinte e Nove Poemas, Lisboa, 1978). Confirmadas nos volumes que integram a sua Obra Poética, estas linhas de leitura remetem, segundo Fernando Guimarães, para um processo de "microrrealismo", pelo qual a "linguagem tende a testemunhar a evidência do conhecimento", ao mesmo tempo que as imagens ou metáforas se constituem como "núcleos de natureza conceptual": "
"João Miguel Fernandes Jorge parece fazer apelo à possibilidade de a linguagem se afastar de dois caminhos, o da metáfora e o da imagem, em que a poesia moderna tanto se fixou desde os finais do séc. XIX, privilegiando, antes, os caracteres apagadamente distintivos dos "sinais" ou, se se quiser, dos signos (...)", o poema fragmentando-se "através de múltiplas reminiscências, de uma linguagem desfocada, de uma disponibilidade subjetiva nem sempre previsível, de uma visão fluida da realidade e da natureza, de uma dispersão de significados às vezes percorridos por referências culturais ou de índole meramente circunstancial que, apesar de um descritivismo a que não raro se mantém fiel, se tornam dificilmente reconhecíveis. (...) A linguagem torna-se dispersiva, residual, e a consciência de que ela é inquestionável ou opaca a um possível significado" (GUIMARÃES, Fernando - A Poesia Portuguesa Contemporânea e o Fim da Modernidade, Lisboa, Caminho, 1989, pp. 113-114). A publicação de Crónica, em 1977, inaugura na sua bibliografia uma outra estratégia discursiva, que parte da colagem de textos e motivos históricos com acontecimentos reais e míticos e com conteúdos subjetivos.
Autor. Oscar Wilde
Título original. Table Talk
Tradução. Mafalda Ferrari
Mês e ano desta edição. Maio de 2022
Autor. Manuel Ramiro Salgueiro
Edição de autor que segundo escreve « Acabei de dactilografar em 24 de Maio de 1982 »
Dimensões. 21 x 29,3
No dia em que se assinala o primeiro aniversário da morte de Manuel Ramiro Salgueiro (27 de fevereiro), o Município de Marvão informa que vai promover o tratamento do espólio do poeta, possibilitando que a sua obra seja melhor estudada e conhecida.
Natural da Escusa, freguesia de São Salvador da Aramenha, concelho de Marvão, Manuel Ramiro Salgueiro nasceu a 28 de outubro de 1933.
Depois de uma breve passagem pelo Seminário de Aveiro e tendo estudado um ano em Évora, foi em Lisboa que se fixou. Cumpriu serviço militar, trabalhou na Casa Pia de Lisboa e voltou aos estudos na Faculdade de Letras, onde se licenciou em Filologia Clássica.
Homem da cultura, foi professor, poeta e ensaísta. Publicou muitos dos seus textos nas edições MIC. Sempre se interessou pela sua terra natal, o que levou a escrever sobre as suas gentes e tradições: são exemplo disso “Saudação a Marvão”, “O tópico da despedida na poesia rural do Concelho de Marvão”, “Teofa da Escusa, Músico” e “Um pedir-chuva na Freguesia do Salvador”, publicados em vários números da Revista Ibn Maruán; e o inédito “A primeira comunhão solene de que há memória na aldeia da Escusa”.
Foi descrito como um “homem solitário, introvertido, provocador, amante da Natureza e dos outros” (Carlos Marques, Ibn Maruán n.º 5, 1995). No que respeita à sua obra, foi considerado “poeta de forte expressividade, frequentemente (quase sempre) melodramático” (Fernanda Botelho, Colóquio/Letras n.º 120, 1991).
Manuel Ramiro Salgueiro deixou em testamento, à Câmara Municipal de Marvão, alguns dos seus bens, onde se inclui a biblioteca que reuniu e os textos da sua autoria, muitos dos quais ainda não publicados.
Nota. O presente documento está todo ele dactilografado. Por um acaso encontrei-o prestes a ser destruído e consegui recolhê-lo. Será uma obra única e original dadas as suas características ? Talvez.
Autora. Alicia Dujovne Ortiz
Título original. La Madona des Sans - Chemise
Paris -1995
Tradução. Maria Filomena Duarte
Ano desta edição. Lisboa, 1996
Autor. John Le Carré
Título original. The Russia House
Ano-1989.
Tradução. José Vieira de Lima
Presente edição. Lisboa 1994
John le Carré (19 de outubro de 1931, Poole, Reino Unido - 12 de
dezembro de 2020, Royal Cornwall Hospital, Truro, Reino Unido) estudou
em Berna e Oxford, foi professor em
Eton e esteve durante cinco anos ligado
ao Ministério dos Negócios Estrangeiros,
sendo primeiro secretário da Embaixada
Britânica em Bona e, posteriormente,
cônsul político em Hamburgo.
Começou a sua carreira literária em
1961, tendo-se tornado um escritor
mundialmente reconhecido com o livro O
Espião Que Saiu do Frio, o seu terceiro.
A consagração de le Carré deu-se com o
excelente acolhimento que teve a
célebre trilogia de Smiley: Tinker Tailor
Soldier Spy, The Honourable Schoolboy
e A Gente de Smiley.
Entre os seus romances, todos eles assinaláveis êxitos de vendas
e de crítica, contam-se O Alfaiate do
Panamá, Single & Single, O Fiel
Jardineiro, Amigos até ao Fim, O Canto
da Missão e Um Homem Muito
Procurado.
Autor. Graham Greene
Título original. The Third Man
Tradução. Ana Maria Sampaio
Graham Greene -1963, 1977
Mês e ano desta edição. Maio de 2000.
Escritor inglês nascido em 1904 e falecido em 1991. Henry Graham Greene, tendo vivido um infância dolorosa, estudou em Oxford e foi jornalista (1926-1929), crítico de cinema (1935-1939) e diretor literário de vários jornais e editoras. A sua obra é muito vasta, repartindo-se entre romances, "entertainments" (termo por ele próprio adotado), peças de teatro, coletâneas de contos e novelas, ensaios, livros para crianças e argumentos cinematográficos. Podem destacar-se The Basement Room (1935), The Power and Glory (1940), The Heart of the Matter (1948), The End of the Affair (1952), The Potting Shed (1959) e Carving a Statue (1964).
Plano Nacional de LeituraAutor. Carlos Dugos
Título original. M.D.L.P. - E. L. P. - O Que São ?
1ª Edição. Ano de 1976
O Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), organizado no mês de maio de 1975, foi um grupo político-paramilitar de resistência portuguesa, criado para fazer frente ao crescimento do Partido Comunista Português, bem como de outras denominações ideológicas de extrema-esquerda.
Foram criados após o Golpe de 11 de Março de 1975, uma tentativa de golpe de estado que havia sido comandada pelo General António de Spínola, ex-presidente de Portugal, entre os meses de maio e setembro de 1974 (renuncia ao cargo), indicado pela Junta de Salvação Nacional.
O MDLP era dirigido pelo General de Spínola, direto do Brasil, entretanto a maior parte da estrutura estava em Madrid, capital da Espanha. Possuíam grande adesão de oficiais das forças armadas de Portugal, e de soldados anti-comunistas e nacionalistas.
Havia o Gabinete Político, sob a mão de Fernando Pacheco de Amorim, que se reportava diretamente ao general nacionalista português, António de Spínola. A estrutura militar estava ao encargo do Coronel Dias de Lima, chefe do estado maior.
Pertencente ao Movimento Democrático de Libertação de Portugal, existiam a RAI (Rede de Ação Interna), liderada por Alexandre Negrão, além da FAE (Forças de Ação Externa), liderada por Alpoim Calvão. Acima deste, Dias de Lima, reportado por ambos. Porém de Lima estava subordinado ao General de Spíndola.
Tivera influência entre os militares que participaram do Golpe de 25 de Novembro (1975), que acabou por fracassar. Foi uma ação contra a Revolução de 25 de Abril (Revolução dos Cravos), de 1974 em Portugal.
Na noite do dia 4 de Outubro de 1975, soldados do Regimento de Infantaria de Braga, realizam cerco contra os membros do MDLP no Seminário de São Tiago, na cidade de Braga. Logram a captura do Major Mira Godinho, e do Major-tenente Benjamim de Abreu.. Alpoim Galvão escapar através do telhado.
Desaparecem com o estabelecimento da democracia em Portugal por volta do início do ano de 1976.
Contracapa do livro |